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Ministério Público vai à Justiça por torcida única nos clássicos do Rio

Promotor usa confusão e morte antes do Botafogo x Flamengo como trampolim para o pedido. Federação não aprova a ideia

(Foto: Armando Paiva/AGIF/Lancepress!)
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Aproveitando o "gancho" pela morte de um torcedor do Botafogo antes do clássico contra o Flamengo, o Ministério Público do Rio (MPRJ) quer que a torcida única seja a realidade nos clássicos do futebol do estado. O MP entrou com uma ação civil pública no Juizado do Torcedor e Grandes Eventos e quer logo uma liminar para fazer com que apenas times mandantes tenham torcida na arquibancada em confrontos entre os grandes.

O promotor responsável pela ação é Rodrigo Terra. No documento enviado à Justiça, ele pontua que esta é uma “medida que não pode nem deve ser adiada também no Rio”, citando exemplos em que a torcida única foi aplicada, como São Paulo.

Rodrigo Terra alega ainda que “o modelo atual vem trazendo efeitos nefastos para a sociedade fluminense, com conflitos extremamente violentos verificados em quase todos os clássicos, bem como a frequente ocorrência de óbitos e lesões graves”, emendando que “a medida pode parecer, à primeira vista, excessiva, mas não é”.

Os quatro grandes do Rio, a Ferj e a CBF são citados no processo. O Ministério Público ainda pede multa de R$ 30 mil por dia em caso de descumprimento da liminar, caso seja concedida. O MP quer ainda que os clubes façam cadastro dos torcedores organizados, não cedam ingressos às facções e que a Ferj inclua, concedida a liminar, a obrigatoriedade de torcida única no regulamento.

FLA E FERJ CRITICAM IDEIA

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, criticou a iniciativa do Ministério Público do Rio.

- Sou totalmente contra. Acho que isso seria uma pá de cal no futebol carioca e que não resolve o problema. As mortes vão continuar longe do estádio como quase sempre acontecem. Além disso, às vezes acontecem conflitos entre 'torcidas' do mesmo clube. A única solução é a punição rigorosa das pessoas físicas - disse Bandeira.

Em nota, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, faz uma longa posição contrária à argumentação do promotor. "Há que serem tomadas medidas de forma a coibir e punir todo e qualquer ato de violência, mas entendemos que medidas eficientes, efetivas e eficazes só advirão com o entendimento e a participação de todos os segmentos envolvidos no evento. Ressalte-se que no interior dos estádios a incidência e a prevalência de distúrbios ou atos de violência é estatisticamente insignificante, em total contraste com os conflitos e barbáries que ocorrem rotineira e frequentemente nas ruas, fatos estes que provavelmente não venham a ser prevenidos ou evitados com o estabelecimento de torcida única", posicionou-se a entidade.