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José Luiz Portella: ‘Nossa bola de cristal’

Colunista do LANCE! fala sobre as primeiras impressões do início de trabalho em 2017 de alguns técnicos como Zé Ricardo, Eduardo Baptista, Rogério Ceni e Fabio Carille

(Gilvan de Souza/ Flamengo)
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Iniciado o ano, a tentação de se realizar análises categóricas e conclusões precoces desafia a lógica apregoada. A maioria defende a necessidade de os técnicos terem tempo de trabalho para serem avaliados. Um ano é considerado pouco.

Ou seja, para falarmos de alguém que esteja começando a treinar um clube ou que sofreu renovação de elenco, precisamos de, algum tempo para arriscarmos previsão com substância.

Porém, grande número de torcedores, e uns tantos críticos especializados, antecipam que Eduardo Baptista não terá habilitação suficiente para dirigir o vultoso e caro elenco do Palmeiras, repleto de protagonistas destacados almejando a titularidade. Faltaria a ele experiência para conduzir grupo de ponta.

Sobre o São Paulo, espocam as primeiras dúvidas por conta da inexperiência de Rogério Ceni como técnico.

Carille não tem a confiança da maioria dos torcedores do Corinthians e Zé Ricardo, Flamengo, inegável revelação em 2016, encontra-se em equilíbrio instável junto a parte da crítica.

Sem entrar no mérito dessas avaliações, o importante é fazer emergir o que se oculta na profundidade de cada uma, aparentemente açodadas.

Parte, realmente, pode ser. Todavia, existe um outro componente: a intuição.

Ela faz parte das pessoas. E, na Psicologia, é um processo de raciocínio que vem do inconsciente e
chega a conclusões sem utilizar o pensamento lógico, muitas vezes confundido com premonição, embora seja diferente.

Não é só no futebol que as pessoas acreditam na intuição. O que vale a pena notar é que, muitas vezes, é nele que as pessoas ousam desprezá-la como fator atuante.

Junte-se à intuição a passionalidade, inextricavelmente atada ao torcedor e a analistas (menos) e pode-se perceber a complexidade envolvida na análise do jogo.

Nem sempre intuição dá certo. Nem a força da emoção. A lógica também não. A relação humana não é simples. Nem tudo possui explicação totalmente dominada. Há cem anos, o uso de algo como o celular era inimaginável.

Dorival Jr., um técnico de qualidade com reconhecimento público aquém de sua capacidade, é quem mais se encaixa em análise onde a lógica prepondera. Talvez, por ser sóbrio e não “criar uma personagem”. Manteve os seus principais atletas, conhece o time, sabe usar a Vila como arma letal.

Ary, um grande sábio da cultura judaica, ao analisar a tentação humana em adivinhar o futuro, disse: “Na verdade, todos nós sabemos nada (do futuro). A gente faz que sabe”.
Contudo, gostamos de prever. Os economistas são os mais estimulados. Em doze anos, acertaram só duas vezes as previsões de inflação e crescimento do Brasil.