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Médico da CBF rechaça ‘forçar’ volta do futebol, mas garante: ‘Estamos prontos para voltar com segurança’

Em 'live' nesta sexta-feira, Jorge Pagura afirma que entidade adotará medidas novas para evitar contágio por novo coronavírus e fala sobre público em estádios

'Aglomerações vão ser as últimas a ser liberadas', diz Pagura (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
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O coordenador do protocolo nacional da CBF, Jorge Pagura, buscou dar um alento em meio à incerteza sobre o futuro do futebol nacional em meio à pandemia do novo coronavírus. Durante "live" no Instagram nesta sexta-feira, o médico evitou projetar uma retomada das competições, mas garantiu que há um zelo com o esporte.

- A CBF, na figura do presidente Rogério Caboclo, respeita totalmente as decisões que vêm dos órgãos federal, estadual e municipal. Não vai mexer uma palha para forçar nada - e destacou:

- Há um mês e meio que estou trabalhando nesse projeto. Junto com médicos, epidemiologistas. Estamos totalmente prontos para voltar com a maior segurança dentro da sua atividade aqui no país. Quando o futebol fala todo mundo escuta. Nossa responsabilidade na execução do plano é muito grande - completou, durante a "live" da Companhia de Viagem.

O neurocirugião, que faz parte do Conselho Nacional dos Clubes, também reconheceu que a tendência é de que as partidas sejam realizadas sem público inicialmente. 

- As aglomerações vão ser as últimas a serem liberadas. Provavelmente (o público) quando tiver grande percentual da população que ou teve contato e produziu anticorpos ou quando surgir vacina ou tratamento muito eficaz - afirmou.

Por mais que considere os testes RT-PCR assertivos, Pagura reconheceu que o Brasil terá dificuldades para conseguir uma testagem em massa nos atletas.

- A Alemanha resolveu os problemas deles, mas não podemos nos comparar com eles, tem a diferença econômica. Mas vamos ter testagem sim, não podemos fazer teste de RT-PCR em cada um porque pode demorar, tem que esperar entre o 3º e o 7º dia, então teria que testar e isolar - e detalhou:

- Então vamos ter grande questionário clínico, testes rápidos e série de coisas. Dentro desse plano, qualquer sintoma vamos tratar como doente e daí vai para o RT-PCR. Mas uma coisa é analisar para 80 jogos. Outro, fazer em 380 jogos, que é só da Série A. E mais de mil em outras séries. É inviável RT-PCR para todos - complementou.

O coordenador do protocolo nacional da CBF também adiantou as regras que tendem a ser adotadas nas partidas devido ao novo coronavírus.

- No plano tem isso (não cuspir), mas não tem multa. Vão ter opções, vão ter totens para se ele (o jogador) precisar assoar o nariz. No toten, tem álcool gel para esterilizar a mão. Apesar de que essa gotícula permanece pouco no ar em ar livre - disse.

Jorge Pagura reconheceu que é desafiador fazer com que os jogadores tomem precauções durante a quarentena.

- É difícil, pois estamos falando de uma população muito jovem. Os casados têm maior possibilidade de ficar isolado. O jogador é boleiro, gosta de churrasco, de samba, mas são responsáveis. Mas como vai segurar mais de 10 mil atletas em casa? Médicos têm passado treinamento para eles, têm olhado, mas não é algo muito fácil. Todos nós estamos tentando ficar em casa - disse.

O coordenador ainda opinou sobre o pedido de exoneração de Nelson Teich do cargo de ministro da Saúde.

- Não vai existir super ministro. É uma luta notável, mas inglória. É como consertar o pneu com o carro andando. Isso não é coisa boa, essa troca. Estamos longe de viver sinergismo de ações. É culpa geral, nem um lado nem outro - declarou.