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Experiência x Juventude: zagas de gerações distintas se enfrentam no clássico entre Vasco e Botafogo

Clássico da Amizade colocará frente a frente o Gigante da Colina, que confia na experiência defensiva, e o Glorioso, que aposta na juventude dos atletas formados no clube

Kanu tem 24 anos, e Leandro Castan tem 34 (Foto: Montagem/LANCE!)
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Em meio à reta final de preparação para a estreia na Série B, Vasco e Botafogo irão decidir a Taça Rio no próximo sábado, às 15h05, em São Januário. No primeiro jogo, o Cruz-Maltino saiu na frente e venceu por 1 a 0 com gol de Cano. O confronto entre dois elencos em construção terá um duelo entre zagas de duas diferentes gerações. Veja abaixo a análise dos sistemas defensivos feita pelo LANCE!.

> Confira a tabela do Campeonato Brasileiro - Série B


Experiência e busca pelo equilíbrio defensivo

Desde a chegada do diretor executivo de futebol, Alexandre Pássaro, o Cruz-Maltino optou por trazer jogadores mais experientes e com mais rodagem para a disputa da Série B. Na defesa de Marcelo Cabo, às vésperas da estreia, uma dupla de zaga com dois atletas acima dos 30 anos evidencia a estratégia adotada: Leandro Castan, capitão da equipe, de 34, e Ernando, que veio do Bahia, e tem 33.

Na última temporada, Castan não teve boas atuações e chegou a ser questionado pela torcida. Porém, o capitão vascaíno permaneceu no clube, se firmou como titular, e está na espinha dorsal pensada por Cabo. Por outro lado, Ernando ficou de fora do time por alguns jogos, visto que não teve pré-temporada e precisava recuperar o condicionamento físico. A dupla é a zaga ideal para a disputa da Série B segundo aponta as escolhas do treinador.

Apesar de não ter garantido uma vaga nas semifinais do Carioca, o time teve boas atuações e avançou na Copa do Brasil. Com um estilo de jogo "apoiado", o novo comandante tem tentado implantar seu estilo de jogo. Todavia, tem apresentado problemas defensivos, sobretudo nas bolas alçadas na área. Para a partida diante do Operário-PR, no dia 29, às 11h, na Colina Histórica, Cabo procura o equilíbrio defensivo e corrigir os erros apresentados no Carioca.

Cabe salientar que a partida de ida da decisão da Taça Rio foi a primeira em que o Gigante da Colina não tomou gol na temporada. Mesmo com a experiência, a defesa ainda peca na desatenção. Com uma marcação mista, as bolas aéreas geralmente levam perigo ao miolo de zaga, e deixa o Vasco exposto, já que os adversários conhecem tal fragilidade.

Além da experiente dupla, o Cruz-Maltino tem em seu elenco os jovens Ricardo Graça (24), Miranda (21) e Ulisses (21), todos formados nas divisões de base do clube O camisa 35, por sua vez, tem ocupado a vaga de Ernando, que fez uma preparação para a temporada após o jogo contra o Boavista. No Carioca, a defesa vascaína tomou 17 gols, porém Ernando, em entrevista coletiva, elogiou a atuação da defesa contra o Glorioso, no último domingo.

- Foi importantíssimo não sofrer gols contra o Botafogo porque o sistema defensivo vinha sendo cobrado de ter uma regularidade melhor e mais consistência. Nossa equipe teve padrão defensivo muito bom e uma consistência que é necessária para a disputa de todas as competições. Você tendo sistema defensivo seguro dá respaldo para o sistema ofensivo jogar e não se preocupar com contra-ataques - disse o zagueiro, que se colocou à disposição para retornar à equipe na decisão de sábado.

Castan e Ernando, uma dupla experiente (Montagem LANCE!; Rafael Ribeiro/Vasco)


Juventude e bons números no Carioca

Por mais que praticamente todo o time do Alvinegro seja frequente alvo de críticas da torcida, talvez a dupla de zaga forme o setor menos perseguido no Botafogo. Atualmente firmada por Kanu e Sousa, dois crias das categorias de base do clube, a dupla tem a menor média de idade da posição entre os quatro grandes do Rio - Kanu tem 24 anos, enquanto seu companheiro tem 19. 

Além disso, a zaga botafoguense, em termos gerais, construiu a defesa menos vazada do Campeonato Carioca: são 11 gols sofridos em 14 duelos. Outro ponto importante é que, desde o início da temporada, em dois períodos o time já ficou três partidas sem levar gols. Contra o Vasco, inclusive, foi a primeira vez que o clube de General Severiano foi vazado com Sousa e Kanu em campo.

Porém, é fato que embora os números sejam positivos, a defesa está longe de não ter problemas. Isso porque, cerca de 45% dos gols que o Glorioso levou na competição saíram de falhas do próprio time.

A última delas aconteceu justamente no primeiro duelo da decisão da Taça Rio, e foi cometida pelo jovem Sousa. Àquela altura, o erro ao tentar sair jogando e perder a bola após pressão de Morato, fez com que o Botafogo sofresse o gol que até aqui dá a vantagem ao time de São Januário. Problemas defensivos estes, que precisaram ser consertados, pelo menos, até o próximo dia 28, quando o Glorioso estreia na Série B diante do Vila Nova-GO, às 21h30, fora de casa. 

Entretanto, mesmo com a falha individual, vale ressaltar que Sousa entrou a pouco no time titular de Marcelo Chamusca. Escalado como lateral-esquerdo nas partidas contra o Bangu (terceira rodada do Carioca) e Moto Club (primeira fase da Copa do Brasil), o jovem ganhou chance em sua posição de origem na última rodada da Taça Guanabara, contra o Macaé. De lá para cá, com a lesão de Gilvan, que já se recuperou, Sousa não saiu mais da equipe: foram quatro partidas atuando os 90 minutos. 

Pensando no futuro, outra vantagem de Sousa é a pouca idade, que pode gerar lucros ao Botafogo, principalmente em negociações futuras. E o mesmo se repete com Kanu. Embora seja novo e ainda possa dar um bom retorno financeiro ao clube, no time titular, o jogador é quem mais tem tempo de casa. Ao todo, já são 68 partidas completas e uma liderança desenvolvida pouco a pouco por quem viveu muitas coisas em praticamente dois anos. 

Sousa e Kanu formam a dupla de zaga do Botafogo (Foto: Reprodução/Botafogo TV)