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CEO do Maracanã vê novo gramado resistente a 70 jogos de Flamengo e Fluminense e destaca longevidade

Em entrevista ao LANCE!, Severiano Braga explicou a decisão pela grama híbrida para melhorar as condições do campo tão criticado ao longo da última temporada

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Foi preciso uma pausa de três meses, nos quais o Maracanã ficou sem receber qualquer tipo de evento, mas, a partir de sábado, o palco volta a ser a casa dos clubes cariocas. A reforma para a instalação de um gramado híbrido custou R$ 4 milhões, conforme Severiano Braga explicou ao LANCE!. O CEO do estádio ainda detalhou o processo e afirmou que, com a troca, o gramado será capaz de resistir aos cerca de 70 jogos de Flamengo e Fluminense ao longo de 2022.

GALERIA: Veja como está o novo gramado do Maracanã para receber Fla e Flu

- A grande mudança é o gramado plantado no estádio. Logo depois entramos com o reforço da fibra. Temos 70 jogos, nenhum estádio é assim. Flamengo e Fluminense estão bem nas competições e vão sempre até o final, então é muito desgastante - afirmou o CEO do Maraca, em entrevista no local, antes de seguir:

- Fizemos o trabalho para resistir a esses jogos. Não quer dizer que não possa ter mais jogos, mas para poder ter isso tivemos que fazer o gramado dessa forma. Tentamos fazer de tudo em 2021 e vimos que tínhamos que entrar com uma intervenção mais pesada. Para aguentar esse volume, tivemos que trocar.

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A reforma do gramado do Maracanã (Foto: Mariana Sá / LANCEPRESS!)

A grama híbrida é a natural reforçada por fibras sintéticas. O processo teve início em 10 de dezembro de 2021, logo depois do jogo do Fluminense que encerrou o Campeonato Brasileiro. A previsão inicial era que o local estivesse liberado para as semifinais do Estadual, algo que acelerou em uma semana.

Os clubes não precisaram arcar com os custos, pagos pelo próprio Maracanã. Em 2021, o estádio foi alvo de diversas críticas, inclusive de jogadores da dupla Fla-Flu, por conta das condições de jogo. Mesmo com diversas mudanças, a resistência era baixa. Agora, a tendência é que as paralisações diminuam. 

- Esse gramado é para ter longevidade grande mesmo. É para não termos aquelas paradas que tivemos. O que temos, o que é normal em todo gramado, é quando começar a época de frio, em abril, maio, é preciso fazer um reforço com uma semente de inverno, para semear, fazendo um consórcio da grama de inverno com a de verão. Só com a de verão não resiste. De abril a setembro temos esse consórcio. Quando volta o calor, acaba que essa grama de inverno vai embora. Mas não será mais preciso parar - explicou o CEO ao LANCE!.

Vale lembrar que o Maracanã vai receber também a Seleção Brasileira no próximo dia 24 de março, contra o Chile, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Além disso, terá pelo menos dois dos quatro jogos das semifinais do Campeonato Carioca.

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Decisão pela reforma e etapas do processo


Nós no Maracanã entendemos que deveríamos fazer uma intervenção diferenciada no gramado. Então conversamos com os clubes, falamos que precisaria acontecer e que não poderiam fazer os jogos do Carioca aqui. Eles entenderam, toparam e fizemos todo planejamento em outubro e novembro. Procuramos a melhor empresa para fazer a fibra sintética, que foi o processo que entendemos ser melhor. O Maracanã desde 2013 e 2014 sempre foi plantado em rolos e todas as trocas feitas em rolos. Agora o processo é diferenciado. A grama foi plantada aqui. Acabou o jogo do Fluminense no Brasileiro e no dia seguinte, em 10 de dezembro, viemos com as intervenções. Retiramos o gramado, colocamos uma areia da granulometria correta, plantamos a grama, esperamos crescer e ficar pronta para a costura. Terminamos há oito dias e agora estamos nos preparando para a volta.

Investimento na reforma

A ordem de grandeza é em torno de R$ 4 milhões gastos em todas as etapas. Esse investimento foi todo custeado pelo Maracanã. O estádio tem a receita própria dele.

As mudanças no campo de jogo

O bom mesmo que fizemos aqui foi plantar o gramado. É diferente. Para pegarmos o rolo na fazenda e trazer para cá enrolado, temos que colocar uma camada de argila. Essa camada acaba atrapalhando a drenagem do gramado, o crescimento da raiz. Então a grande mudança é o gramado plantado no estádio. Logo depois entramos com o reforço da fibra. Temos 70 jogos, nenhum estádio é assim. Flamengo e Fluminense estão bem nas competições e vão sempre até o final, então é muito desgastante. Resolvemos também repaginar a moldura do gramado. Tiramos a grama sintética azul, a verde que estava aqui desde a reforma para a Copa do Mundo, a área de aquecimento dos atletas atrás dos gols também era antiga, tomou sol e chuva. Nos vestiários temos uma área parecida com essa. Para que os suplentes possam aquecer no jogo e sentir uma superfície similar ao gramado, também trocamos o aquecimento.

Cuidados com o novo gramado

Não muda muita coisa em relação à manutenção porque a fibra foi instalada, mas tem uma altura menor do que a natural. Então a grama natural irá crescer, será cortada e a fibra, como é mais baixa, o processo é o mesmo. Foram duas máquinas importadas para encorpar nosso corpo de equipamentos, mas a manutenção é a mesma. Produtos para a raíz, para a folha e fazer a catação, irrigação como fazíamos.