A fase da Seleção Brasileira está longe de ser das melhores, mas o mesmo não se aplica aos cofres da CBF, que seguem abarrotados. Nesta terça-feira (29), a entidade apresentou o balanço financeiro de 2024 e apontou receita de cerca de R$ 1,54 bilhão, a maior da história. O número é 17,6% superior ao registrado em 2023.
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Além disso, a entidade contabilizou a entrada no caixa de R$ 1,35 bilhão, referentes a uma antecipação do novo contrato de patrocínio da Nike. Esse dinheiro não é contabilizado como receita em 2024, e será distribuído ao longo das próximas demonstrações financeiras
Assinado em novembro do ano passado e com validade até 2038, o acordo com a fornecedora de materiais esportivos tem gatilhos que podem render R$ 1 bilhão por ano à CBF.
Segundo o relatório financeiro apresentado em Assembleia Geral aos 25 presidentes de federações, e aprovado por unanimidade, a CBF teve superávit de R$ 107 milhões em 2024. Houve aumento de receitas nos acordos de transmissão e comerciais (35%), bilheterias (46%) e registros (23%). O total de ativos supera R$ 3,6 bilhões.
CBF aplicou R$ 1 bilhão no futebol em 2024
Durante a apresentação dos números, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, informou que pela primeira vez na história os investimentos em futebol ultrapassaram R$ 1 bilhão. Nos três anos anteriores, a média de investimento ficou na casa dos R$ 700 milhões.
— A CBF não é um banco e estes investimentos no fomento do futebol refletem nossa decisão estratégica de cumprir fielmente a missão institucional da entidade de, na qualidade de uma associação sem fins lucrativos, aplicar suas receitas na manutenção de seus objetivos sociais, sem abrir mão da austeridade e disciplina financeira — declarou Ednaldo.