Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Carille comenta regra sobre demissão de técnicos no Brasileirão: ‘Devemos ter um respaldo maior’

Comandante do Al-Ittihad é cético quanto ao modelo que busca reduzir as constantes demissões de treinadores durante o Campeonato Brasileiro

Carille tem duas passagens pelo Corinthians (Foto: Peter Leone/O Fotográfico/Lancepress!)
Escrito por

Fábio Carille, treinador do Al-Ittihad, comentou sobre a nova regra do Brasileirão em que cada clube só pode ter dois técnicos durante a competição, ou seja, só pode demitir um profissional no decorrer do torneio. Ao LANCE!, o comandante da equipe que ocupa o 3º colocado do Campeonato Saudita também comentou sobre ajustes que precisam ser feitos no calendário nacional.

Dança de treinadores

Caso um clube brasileiro demita o segundo treinador durante o Campeonato Brasileiro, o posto deverá ser assumido por alguém que trabalhe há, no mínimo, seis meses. Na última temporada, o Goiás, Coritiba e Botafogo, todos rebaixados, mandaram para a rua três dos seus comandantes. Carille explicou a pressão vivida pelos profissionais no país e a exposição.

- Eu não sei se essa é a melhor solução (a nova regra do Brasileirão), mas o técnico deve ter um respaldo maior. As escolhas sobre um novo treinador são realizadas, muitas vezes, por pressão da imprensa, torcida. Acho interessante para a segurança do profissional, mas precisamos ver na prática. O profissional no Brasil é muito exposto, enquanto aqui a gente quase não aparece. É uma tentativa.

Calendário

Apesar da CBF buscar uma solução para esta situação desenfreada, Carille aponta o principal inimigo do futebol brasileiro: o calendário. O treinador acredita que o ideal é que uma equipe faça cerca de 60 partidas por temporada, além dos atletas terem um mês de férias e um de pré-temporada.

- Apesar da pandemia, é uma judiação ver os times jogando a cada dois dias. É um absurdo você atuar domingo, quarta e sábado. Não dá para preparar as equipes para os confrontos. Acredito que 60 jogos por anos seria o ideal e é fundamental para a qualidade da partida, a recuperação dos jogadores e para que o torcedor e a televisão tenham um produto melhor.

O comandante do Ittihad disse não ser a favor do fim dos estaduais para que o calendário brasileiro fosse ajustado e acredita ser difícil adequar o ano do futebol nacional ao modelo europeu, em que a temporada tem início em agosto.

- Eu não concordo com o fim dos estaduais, pois muita gente depende disso e com esse dinheiro sustenta a família o ano todo. Para adequar o calendário do futebol brasileiro com o europeu, teria que mudar o formato das escolas. Eu penso que seria fundamental até por questões de mercado, mas a princípio não faria isso. Eu tentaria ajustar o formato do Campeonato Brasileiro.

Carille tem contrato com o Al-Ittihad até o dia 30 de junho, mas o clube árabe tem preferência pela renovação do brasileiro até o final de abril. A partir de maio, o comandante estará livre para negociar seu futuro e não fechou as portas para um retorno ao Brasil. No entanto, o ceticismo com o futebol nacional segue de pé.