Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Atlético-PR traça projeto internacional para virar potência

Clube paranaense implementa mesma metodologia de trabalho das categorias de base ao profissional. Dentro do plano, a ousada meta é conquistar, até 2024, o título mundial<br>

&nbsp;Foto: Fabio Wosniak/ Site oficial
Escrito por

Uma grande sala, com algumas divisórias baixas, livros em uma prateleira e informações sobre as condições físicas dos jogadores em um quadro, é compartilhada diariamente pelos técnicos de todas as categorias de base e por Paulo Autuori, o comandante do time profissional. Neste espaço, dentro do CT do Caju, o Atlético Paranaense rega diariamente, com muito cuidado, a semente principal do plano estratégico traçado até 2024: ser campeão mundial.

O clube decidiu implantar, a partir da equipe formada por meninos de 14 anos e estender até os profissionais, uma mesma metodologia de trabalho, com um sistema de jogo bem definido e uma forma de treinar com fundamentos bem claros. Ela deve ser aprendida quase no berço, entendida no sub-15, aprimorada no sub-17, ser bem executada no sub-20 até a chegada ao time de cima. Após a transição da base para o profissional, os gestores do Furacão apostam que aquela sementinha já estará gerando muitos frutos, sendo o diferencial em comparação com as demais forças do futebol nacional.

Ciente da distância financeira para os clubes com maiores orçamentos do país, o Atlético vê nesta filosofia uma vantagem competitiva para se aproximar, nos resultados, dos grandes de São Paulo, Rio, Minas e Rio Grande do Sul.

Autuori se transformou, em maio de 2016, em uma das mais importantes engrenagens do projeto. Internamente ele carrega o rótulo de “manager”. Passa o dia no CT do Caju, entre os treinos da equipe e as reuniões com os treinadores da base, os executivos do projeto e a diretoria. Extrapola a condição do professor que treina o time, escolhe a tática, define os titulares e vê o jogo no banco de reservas:

– Aqui existe uma lógica. O aspecto infraestrutural é de altíssimo nível, existe a questão organizacional, mas tem uma coisa fundamental: a metodológica.

Outro pilar do projeto é William Thomas, gestor do Departamento de Inteligência de Futebol do Atlético desde 2012.

– O ambiente não está apenas no ganhar, empatar ou perder, que é uma dificuldade no Brasil. Felizmente o Atlético Paranaense projeta a longo prazo – diz William.

* O editor viajou a convite do Atlético

​Autuori vê posição de manager com bons olhos

Aos 60 anos, Paulo Autuori já anunciou que o Atlético Paranaense será o último clube treinado no Brasil. Para seguir, quer mesmo ir além do trabalho das quatro linhas, como manager.

– Me agrada desde que haja possibilidade disso. Hoje vejo o Atlético com essa realidade. Não vou dizer que vou continuar, cravar. Futebol a gente sabe como é. Temos de ir fazendo as coisas acontecerem com naturalidade. Detesto algo que não é espontâneo. As coisas devem acontecer com naturalidade. É fácil falar, mas é preciso dar respaldo. Hoje em dia há falta de líderes no Brasil, referências. Falam apenas para agradar as pessoas – diz Autuori.

O status atual do técnico no clube já é visto como uma evolução.

– Paulo não é simplista. Consegue abranger todas as variáveis da função. O manager tem que ser um dos grandes tomadores de decisão. O treinador, o presidente e o capitão da equipe, que na minha visão deveria ser outro status, devem ser os três pilares. O presidente (Mario Celso Petraglia mandatário do Conselho Deliberativo) e o Paulo aqui no Atlético já são – comenta William Thomas.

– Tenho plena confiança no desenvolvimento do trabalho com o Paulo. O clube está estruturado, não tem dívidas fiscais e tem o custo da reforma da Arena
equacionado. Nosso plano estratégico está traçado e acredito que temos as
condições para avançar - finaliza Petraglia.