Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

‘Acordando um gigante, Marcelo Chamusca busca novo feito à frente do Guarani

Bugre começa a decidir vaga na final da Série C do Campeonato Brasileiro neste domingo, contra o ABC. Após o acesso à Série B, ele deseja mais uma estrela na camisa bugrina

             Chamusca chegou ao Guarani em abril deste ano e levou o time à Série B (Foto: Reprodução / Facebook)
Escrito por

Marcelo Chamusca inicia neste domingo, às 21h, mais uma missão à frente do Guarani, que terá o ABC como adversário no Frasqueirão, pelo jogo de ida das semifinais da Série C do Campeonato Brasileiro. Após comandar o Bugre no acesso à Série B, encerrando uma meta que ficou próxima de ser alcançada em 2014 e 2015 com o Fortaleza, ele busca mais um feito pelo clube campineiro. Mais um feito no trabalho de "acordar o gigante" campeão brasileiro de 1978, clube que revelou nomes como Careca e Amoroso e que vinha sofrendo nos últimos anos.

Chamusca foi oficializado e apresentado como técnico do Guarani no dia 6 de abril. Sua missão era, em um primeiro momento, reformular do elenco que não teve êxito na Série A2 do Campeonato Paulista. Ele fez exigências à diretoria, como melhoras nos departamentos de fisiologia, fisioterapia e análise de desempenho e, menos de dois meses depois, veio o início da Terceirona. O Guarani fez a melhor campanha da fase de classificação e, após dois jogos repletos de drama, superou o ASA conquistando o tão sonhado acesso à Segundona.

Antes de iniciar a Série C deste ano pelo Bugre, Chamusca teve duas experiências que acabaram sem êxito no Fortaleza. Em 2014 e 2015, o Tricolor cearense foi o melhor time da fase de classificação, mas não passou das quartas de final, sendo eliminado por Macaé e Brasil de Pelotas, respectivamente, diante do seu torcedor. Obter o acesso à Série B era mais do que um desejo para Chamusca, que, enfim, corou um trabalho iniciado muito tempo antes de assumir o time de Campinas.

– Sensação extremamente prazerosa de coroar um trabalho de três anos, da quantidade de pontos que conquistamos ao longo desses três anos, de, enfim, ter êxito, conquistar o objetivo. Os deuses do futebol fizeram com que as coisas acontecessem esse ano. Tinha toda a minha estatística de 30 jogos invicto em casa... Era muito importante coroar esse trabalho. Comecei no Guarani praticamente do zero. Tive toda a autonomia para solicitar mudanças, as chegadas do Rodrigo Pastana (executivo de futebol) e do Marcus Vinícius (coordenador de futebol) fizeram a diferença, a diretoria horou todos os compromisso, os salários, premiações... – destacou Chamusca, em entrevista ao LANCE!, antes de completar:

– O êxito não foi apenas do modelo de jogo, não veio apenas pelos resultados. O êxito foi um somatórios de fatores. O número de torcedores nos jogos foi aumentando, o público foi crescendo. Tudo fez a diferença.

        Vínculo com o Bugre vai até o fim da Série C (Foto: Divulgação)

MOMENTO ÍMPAR NA CARREIRA DE TREINADOR

Marcelo Chamusca tem a exata noção do feito alcançado na semana passada. O Guarani, clube de tanta tradição, soma oito rebaixamentos neste século, chegou a correr risco de queda à Série D em 2014 e quase perdeu seu maior patrimônio material, o Brinco de Ouro. Participar da reconstrução do Bugre foi algo que motivou o treinador de 50 anos completados um dia antes do jogo de volta contra o ASA (7 de agosto) a aceitar a proposta feita em abril.

– É um momento marcante na minha carreira. Sabia que o Guarani estava atravessando dificuldades. Mas era uma chande de acordar esse gigante. E participar desse momento é algo ímpar na minha carreira. Vi nesse momento de dificuldade, a chance de trabalhar em um clube com o peso da camisa do Guarani, de acordar esse gigante. O Guarani já entra em outro patamar em 2017 – disse.

Receio de não ver o bom trabalho desenvolvido render o esperado acesso? Chamusca não teve receio de uma nova decepção. E a recompensa veio.

– Eu sempre acreditei em ter êxito por conhecer muito bem a competição, o regulamento... Colocamos algumas situações que foram aceitas. O grupo assimilou o nosso conceito, nosso modelo de jogo. O entendimento dentro do vestiário também foi grande. E ter um grupo disciplinado faz a diferença – destacou o treinador.

CHAMUSCA BUSCA MAIS UM FEITO À FRENTE DO BUGRE

A meta do momento para Chamusca é obter mais um efeito à frente do Guarani, clube cuja camisa ostenta uma estrela dourada referente do título do Brasileirão de 1978 e uma prateada que lembra a conquista da Série B de 1981. 

– Não muda absolutamente nada. Existe um padrão de jogo e ele será mantido. É claro que o acesso tira um peso grande dos jogadores, tem a questão emocional que fica aliviada. Mas não pode faltar foco, concentração e falta de ambição por um outro grande objetivo que é colocar mais uma estrela na camisa do Guarani. Serão os 180 minutos mais importantes do ano contra o ABC. Pode ter certeza – garantiu o técnico.

Já existem conversas para uma renovação com o Guarani para buscar outro acesso já no primeiro semestre (para a elite do Paulistão) e, depois, disputar a Série B? Marcelo Chamusca não quer perder o foco da decisão contra o ABC de Geninho:

– Não quero conversar sobre isso por enquanto. É focar nos 180 minutos e tentar se credenciar para uma final, para fazer história. Meu contrato vai até o final da Série C e, no fim de tudo, a gente pensa em 2017. E será difícil. O Geninho (técnico do ABC) é experiente, sabe armar times, sabe subir times.

Começa, neste domingo, mais um desafio para o Bugre de Marcelo Chamusca.