Futebol Internacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

‘A Tailândia é a quarta força da Ásia’

Treinador brasileiro de maior sucesso no futebol tailandês, Alexandre Gama, que conquistou seu décimo caneco no país diz que a seleção local evoluiu e a Copa será uma realidade

Alexandre Gama agora é treinador do Chiangrai United, após sucesso na Tailândia (Reprodução/Instagram)
Escrito por

Alexandre Gama trabalhou no Brasil durante alguns anos (passagens por  Fluminense, Macaé, Madureira, Volta Redonda..), mas jamais obteve aqui o sucesso que tem na Tailândia. Primeiro no Buriram United, no qual ganhou nove campeonatos. Agora, no Chiangrai United, onde acaba de ganhar a FA Cup
(equivalente à nossa Copa do Brasil) e chegar em 4º lugar na Liga, uma façanha para um time fundado em 2009, e que jamais havia ficado no Top8.
Nesta entrevista ao L!, Alexandre fala sobre a estrutura de primeiro mundo que há no futebol tailandês e assegura que no curto prazo a seleção local estará na Copa, pois o país já pode ser considerado a quarta força do continente asiático.
Gama também dá seus pitacos sobre a Seleção, critica a CBF por ter demorado demais para chamar Tite para o comando e fala sobre seu futuro. Será na
Ásia ou no Brasil?


Como você começou no futebol da Tailândia?
Fui contratado pelo no Buriram. Lá, ganhei tudo. Em 2014 e 2015 conquistamos a Liga. Em 2015 a Copa dos Campeões, FA Cup, Toyota Cup, Necomcup,  invictos. Em 2016 ganhamos a Copa dos Campeões e a Cecomcup. Saí do Buriram no meio de 2016 para ir pro Chiangrai.

Como você vê o futebol tailandês?
Os jogos são sempre com bastante público, lotados. O jeito de torcer é diferente. Só de estar cheio é bom. Um futebol de verdade. Tem torcida, rivalidade, pressão. Os clubes são muito estruturados. Os dois clubes que eu tive a oportunidade de treinar, têm estrutura de time europeu. Chiangrai investiu bastante, é de primeiro mundo a estrutura, mas pode melhorar. Já é a quarta força da Ásia em termos de campeonato e patrocínios.

Quais são os três primeiros?
Na frente ainda estão Japão, Coreia do Sul e Irã. Todos estão na Copa.

Então, a estrutura desses clubes são muito melhores do que as dos
times brasileiros?
Eu cheguei em 2014 e me surpreendi. Eu cheguei do Qatar, que tem uma
estrutura boa, mas nada fantástico. No Brasil começava a engatinhar es-
sa questão de CT. Aqui já estava bem avançado. O Buriram foi considera
do o terceiro melhor da Ásia na minha época, pelo investimento, estru-
tura. Não sei a posição agora, pois muitos evoluíram em termos de CT,
investimentos em melhorias, na academia para os jovens.

Seu contrato vai até quando com o Chiangrai?
Até dezembro. A ideia é cumprir. Se for uma proposta do Brasil, claro. Sou brasileiro. Não tenho mais aquele sonho grande, já tive, de ser reconhecido no Brasil. Se tiver uma proposta boa, vai mexer comigo. A tendência é respeitar o
contrato aqui. O calendário é igual ao do Brasil. Vai acabar a temporada perto da época que os times do Brasil trocam (de treinador). Aqui na Tailândia, conquistei um respeito grande. Meu nome é sempre falado para outras coisas em outros países também, mas pode ser que eu volte.

Mudando para a Copa do Mundo da Rússia: como você
enxerga a Seleção Brasileira?

Estou bastante confiante no Brasil até pelo trabalho que o Tite vem fa
zendo. Já era para ter sido convidado para a Seleção antes, não era pa-
ra ter inventado Dunga. Têm outras seleções fortes. A Bélgica pode
surpreender, a Inglaterra cresceu bastante, Alemanha sempre vem
forte. Vão ser sempre os mesmos países que a gente sempre fala. Mas
o Brasil acredito que é o favorito e a gente está precisando recuperar
nosso prestígio, nossa força. A gente precisa que o Brasil vá bem nes-
sa Copa. Os jogadores nunca perdem espaço, mas os treinadores
sim. Só agora estão recuperando. Todo o mundo se qualificando, fa-
zendo as licenças (da UEFA), recuperando o mercado...

Você não citou a Argentina. Não acredita nela?
Acho que a Argentina chegando com o melhor do mundo, Messi. Com certeza é a ultima Copa do Messi, então ele vai querer mostrar. Que nem agora na qualificação quando precisou dele, ele resolveu. É uma seleção forte.