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Copa com 32 ou 48 seleções? Qatar fala em decisão final em junho

Khalid Al-Naama, porta-voz do Comitê Organizador, prevê definição em três meses. Qatar prefere manter torneio com 32 seleções, mas não "fecha portas" nas discussões com a Fifa

Estádio Khalifa já está pronto para o Mundial de 2022 (Foto: Daniel Bortoletto)
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Na entrada do prédio do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022, em Doha, um relógio com a contagem regressiva para a competição chama a atenção de quem passa por ali. Nesta quinta-feira, 28 de março, faltam 43 meses e 24 dias para o pontapé inicial do evento. Tempo de sobra para obras de infraestrutura e nos estádios, mas que urge para algumas importantes definições nos bastidores.

Uma delas é o aumento de 32 para 48 seleções, um desejo público da Fifa. Em entrevista nesta quinta, Khalid Al-Naama, porta-voz do Comitê, prevê o martelo batido até junho, após novas rodadas de negociações com a entidade máxima do futebol.

Segundo ele, o Qatar não mudou de opinião e deseja organizar a Copa no tamanho atual. Mas deixa a opção de mudança em aberto.

- Nosso planejamento sempre foi receber o evento para 32 seleções, em 28 dias. Houve um estudo da Fifa, para aumentar esse número. Conversamos sobre as consequências dessa mudança, como trânsito e horário das partidas. Tudo deve ser resolvido em junho, mas nosso planejamento é para 32 seleções. Mas há muito detalhes para conversar, inclusive com outros países - afirmou, reforçando que qualquer definição não será unilateral por parte da Fifa, com o Qatar tendo poder de veto.

- Reforço: o que for mudado, o que acontecer, precisa ter a aprovação do qualquer

Uma das opções levantadas pela Fifa é realocar parte das partidas extras com um Mundial com 48 seleções para vizinhos do Qatar, como Emirados Árabes e Arábia Saudita, por exemplo. O problema é que eles, além de Egito e Bahrein, cortaram relações diplomáticas com os cataris em 2016. Está em vigor um embargo econômico, além do fechamento da fronteira com a Arábia Saudita e até a proibição de sobrevoo do espaço aéreo. Voos do mundo todo para Doha, com escala em Dubai, foram proibidos. 

Para Khalid Al-Naama, a posição dos quatro não reflete a realidade do Oriente Médio, "com 18 outros países da região" apoiando o Qatar. Ele inclusive usa a decisão de permitir a entrada de cidadãos dos quatro países  com relações cortadas, como gesto de boa vontade. Em contrapartida, os cataris estão proibidos de entrar na Arábia Saudita, no Egito, nos Emirados Árabes e no Bahrein.

- O que preferimos é o que a comunidade internacional do futebol desejar. O que preferimos é ter uma competição que reflita a beleza de toda essa região (Oriente Médio). Copa não é apenas do Qatar. Qatar é a sede, mas ele representa todos os países árabes. Esse fato (bloqueio comercial) não afeta. Estamos abertos para discutir possibilidade, sempre estivemos abertos para explorar qualquer ideia que melhore o torneio - comentou Al-Naama. 

Com sete estádios em construção (o Khalifa já está pronto desde 2017), o Qatar sabe que uma Copa com 48 seleções, apenas no país, exigiria mais jogos por dia, um prazo muito menor para recuperação de gramados, adaptações logísticas para deslocamento do público e dos participantes, além do aumento da oferta no número de quartos.

O editor viaja a convite da Federação de Futebol do Qatar.