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OPINIÃO: Um futebol em desânimo

Gonzalo Pérez, jornalista do 'El Gráfico', do Chile, faz um relato sobre a mudança de cenário com a saída de Sampaoli da seleção

Sampaoli deixou a seleção chilena recentemente (Foto: Claudio Reyes / AFP)
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Há exatos 201 dias atrás o futebol chileno estava em festa. Alexis Sánchez convertia o pênalti que quebrou um jejum de 99 anos sem títulos da seleção chilena. Esses 201 dias parecem mais distantes do que nunca, onde a alegria se transformou em desânimo e desilusão cada vez mais generalizado.

O que aconteceu com essa alegria que vivíamos há seis meses? O que aconteceu com esse sonho de renascimento do futebol chileno? A alegria e o desejo foram aniquilados e roubados. Já é normal e mais nada causa surpresa em qualquer publicação que noticia novos fatos sobre o desvio de dinheiro na federação chilena quando era presidida por Sergio Jadue. A Copa América parecia ser a solução perfeita para tapar o Sol com a peneira. Mas o problema era maior que o Sol.

Até mesmo Jorge Sampaoli, que há 201 dias atrás era un mártir no Chile, se salvou. E foi pior. O novo herói que havia sido eleito pelo povo chileno estava envolvido nos acordos com Sergio Jadue. Por isso não foi surpresa ver o semblante de incômodo do treinador com a revelação do seu contrato com o ex-presidente.


A redução do campeonato a 16 equipes, um calendário que parece não favorecer a nada nem aos próprios que querem a mudança, o alto preço dos ingressos entre outros encargos. Então, para que tanto sofrimento do torcedor com a situação? A resposta parece estar nas palavras do saudoso jogador brasileiro Sócrates: "No futebol conheci pessoas que sofreram muito e também o outro lado da sociedade, aqueles que tudo tem." No futebol chileno é assim.