Futebol Internacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

OPINIÃO: Americanos analisam do sorteio de grupos da Copa América

Parceiro do pool do L!, o jornal El Diário de Nova York considera o grupo dos EUA como o da Morte e o Brasil como o mais fácil

Copa América será disputada em junho nos Estados Unidos (Foto: Mladen Antonov/AFP)
Escrito por

Em ato muito sóbrio foi celebrado no coração de Nova York, autoridades da Conmebiol e da Concacaf realizaram neste domingo domingo o sorteio da Copa América do centenário, que ocorrerá em dez cidades dos Estados Unidos entre os dias 3 e 26/6. Estados Unidos, Brasil, México e Argentina dos Grupos A,B,C e D, respectivamente. E a análise dos grupos nestes pouco mais de três meses para o torneio é a seguinte:


GRUPO A
Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica e Paraguai


Se tem um grupo da Morte, não há dúvida: é este. Teoricamente, Estados Unidos e Colômbia aparecem como os mais fortes. Porém, a Costa Rica vem de ótima campanha nas quartas de final da Copa-2014 e mostra progressos, já competindo com êxito na Concacaf. O Paraguai, por sua vez, vive uma reformulação e parece ter encontrado no técnico Ramón Diaz um gestor ideal para conseguir regressar ao primeiro plano do futebol. E não podemos esquecer que a seleção foi semifinalista da Copa América-2015.

Nos Estados Unidos, o treinador Jurgen Klinsman precisará assumir o que está no rol dos favoritos, embora a sua seleção ainda precise se liberar do “Fator Donovan”, o ídolo que não está mais na seleção. A liderança agora é de Clint Dempsey, um dos poucos veteranos do grupo, e os gols estará a cargo de Altidore. A Colômbia segue nas mãos de José Pekerman e tenta recuperar o bom futebol apresentado no Brasil em 2014. Mas o grupo é outro. Na defesa, só restou Zapata daquele time-sensação no Mundial. James Rodríguez, mais do que nunca, tem de mostrar seu bom futebol. Felizmente terá a companhia de Cuadrado e de Cardona na criação. Mas, sem duvida, o que Pekerman quer é recolocar o time na rota certa e conquistar a vaga à Russia-2018, já que o caminho nas Sul-americanas está bem complicado.

Para resumir esta Grupo da Morte tem dois favoritos em reconstrução - EUA e Colômbia - e dois rivais que podem propiciar um desgosto a um dos favoritos.

GRUPO B
Brasil, Equador, Peru e Haiti


Aqui estamos diante de um grupo clássico. Uma potência muito destacada, o Brasil, e uma seleção figurante, no caso o Haiti, que desembarcará nos Estados Unidos apenas para aprender um pouco mais e ganhar experiência.

É certo que Dunga dá solidez ao Brasil. Porém, há falta de sensibilidade no jogo brasileiro, pois a Seleção é muito mais velocidade do que técnica. Ainda assim, os canarinhos são favoritos, mesmo tendo em seu grupo o Equador, que hoje lidera a Eliminatória da América do Sul, e um rival sempre complicado que é o Peru, com seus experientes Guerrero e Pizzarro e o aporte de jovens de boa qualidade como Cuevas ou Reyna e que tem tudo para resgatar o futebol que já apresentou na era Cubillas.

Há sempre a dúvida de como virá o Brasil, pois Dunga não informou se trará um time misto ou a melhor seleção possível. O real é que o Brasil, mais do que qualquer outra seleção do mundo, precisa urgentemente resgatar a sua imagem após a humilhação que passou na Copa-2014 após aquele Alemanha 7 a 1. Dunga terá problemas para contar com Neymar, que parece muito mais disposto a jogar os Jogos Olímpicos do Rio, na esperança de comandar a equipe a ganhar o único troféu que falta na vasta galeria de títulos dos brasileiros.

Ainda assim, do Brasil sempre se exige ganhar e tem boas recordações: há 22 anos, em terras americanas, foi campeão mundial derrotando a Itália, com uma seleção que não jogava bonito, mas ganhava (hoje a seleção do Brasil não joga bonito e não ganha nada!).

No Equador, o treinador Gustavo Quinteros vive o mesmo dilema. Trará seu time A ou apostará numa equipe de menor nível? Esta será a chave para saber se os equatorianos têm poder de fogo para ser o segundo colocado atrás do Brasil.

GRUPO C
México, Uruguai, Jamaica e Venezuela


A forte esquadra uruguaia é aquela que se apresenta como o inimigo mais perigoso dos mexicanos, pois Venezuela e Jamaica são rivais com limitações evidentes. A Tricolor de Osório fará a partida de abertura no dia 5 de junho em Phoenix, justamente contra a Celeste, que anda complicando a esquadra mexicana, como na Copa-2010 e na Copa América-2011.

Da Jamaica, pouco se espera. O trunfo é que o treinador alemão Winfried Schafer está há dois anos por lá e conhece bem o seu grupo. Nada mais. Da Venezuela, os péssimos resultados nas Eliminatórias fizeram explodir uma crise e vários jogadores se recusam a jogar pelo selecionado. Com qual time (e o A não é bom) virá a Venezuela?

GRUPO D
Argentina, Chile, Panamá e Bolívia


É o grupo mais simples para ser analisado. Está claro que a Argentina, por tudo o que representa e com Messi ansioso pelo seu primeiro título com a seleção, e o Chile, campeão sul-americano e com uma geração espetacular de jogadores, são favoritos.

O Panamá do treinador ‘Bolillo’ Gómez certamente fará jogos animados, pois o time está evoluindo. Porém, a posibilidade de ser uma surpresa competindo contra seleções de ponta da Conmebol não está a seu alcance. E a Bolivia de Julio César Baldiviezo? Vai mal nas Eliminatórias e não trem um bom elenco.

Com isso, veremos um duelo de poderes entre Argentina e Chile que reeditarão a final da Copa América-2015. Há o risco de Messi não vir para a competição. Mas por hora contam com ele. É verdade que Lionel Messi está comprometido com todos seus outros grandes jogadores, a Albicleste de Martino é candidata ao título. Está claro que Messi, no melhor momento de sua carreira, não pode seguir perdendo finais (Copa-2014, Copa América-2015) e ele quer fazer bom festejo em 2016.

No Chile o panorama é simples. Tem uma equipe formada e entrosada e basta o novo treinador Juan Antonio Pizzi, no lugar de Jorge Sampaoli, faça os ajustes próprios de um técnico recém-chegado e ajuste este ótimo time à sua maneira.