Nesta quarta-feira (19), o Palmeiras deixou o Allianz Parque com um sentimento de frustração. Em plena briga pela liderança do Brasileirão, o time de Abel Ferreira ficou no 0 a 0 com o Vitória, que luta contra o rebaixamento, e perdeu a chance de encostar no líder Flamengo. Na Espanha, a repercussão foi imediata: Diario AS destacou que o retorno desgastante de Vitor Roque – após viagem de cerca de 10 mil km, apenas 24 horas antes da partida – foi um dos fatores que afetaram o desempenho ofensivo do Verdão.

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O jornal espanhol costuma destacar jogadores conhecidos no país, e por isso, discorreu a primeira parte da matéria sobre Vitor Roque, ex-jogador do Barcelona e Real Betis. Para o AS, o fato do jovem atacante, convocado pela Seleção, ter voltado de uma viagem de cerca de 10 mil km apenas 24 horas antes do confronto foi um fator decisivo para uma atuação limitada pela minutagem, que resultou na incapacidade de sair do empate.

O AS citou que Vitor Roque foi alvo de rodízio e ficou no banco de reservas para o trio de ataque Flaco López, Raphael Veiga e Andreas Pereira. O jornal citou domínio, mas afirmou que ele não se traduziu em gol. Devido a isso, Vitor Roque entrou em campo, e para o AS, o Palmeiras melhorou de desempenho, mas o zero persistiu no placar.

Matéria do AS sobre o empate entre Palmeiras e Vitória (Foto: Reprodução/AS)

Tradução: O azar e 10.000 km complicam Vitor Roque (título)
"Tigrinho", que voou da França para o Brasil 24 horas antes do jogo, não conseguiu resolver a favor do Palmeiras e o Brasileirão se afasta a cada momento (subtítulo)

O periódico reforçou esse diagnóstico ao afirmar que o Palmeiras atravessa um momento de queda no Brasileirão e classificou o jogo como mais uma "oportunidade perdida". Para o jornal, apesar da melhora do ritmo com Roque em campo, o Palmeiras esbarrou em uma muralha: Thiago Couto. O goleiro do Vitória fez nove defesas, incluindo uma intervenção decisiva contra Raphael Veiga, que poderia ter mudado o placar.

Como foi o jogo entre Palmeiras e Vitória?

O primeiro tempo no Allianz Parque foi marcado por poucos espaços, muitas disputas e extrema dificuldade criativa por parte do Palmeiras. Para tentar reorganizar o setor defensivo após duas derrotas seguidas, Abel escalou três zagueiros e promoveu os retornos de Allan e Andreas Pereira. O sistema deu estabilidade atrás, mas não ajudou na construção. Bruno Fuchs até procurou infiltrações com passes mais verticais, mas o Vitória, recuado e compacto, bloqueou a maioria das ações.

Com apenas 34% de posse de bola, o Vitória limitou-se a defender, deixando sua dupla de ataque isolada. O Palmeiras, apesar do volume no meio, falhou nas conexões do último terço. Allan foi o destaque da equipe no primeiro tempo, criando a jogada mais perigosa ao driblar três marcadores e finalizar rente à trave. A torcida pediu pênalti em um cruzamento à meia altura, mas após revisão, Lucas Torezin mandou seguir.

No intervalo, Abel desfez a linha de três, lançou Vitor Roque e Felipe Anderson e empurrou o time para o ataque. O ritmo aumentou e, pela primeira vez, o Palmeiras encontrou chances claras. Allan obrigou Thiago Couto a boa defesa, e Veiga quase marcou no rebote — lance destacado pelo AS como uma das intervenções mais difíceis do goleiro.

Jogadores do Vitória pressionam Vitor Roque no Allianz Parque (Foto: Eduardo Carmim/Photo Premium/Gazeta Press)

O treinador seguiu tentando: mexeu no meio, colocou Gustavo Gómez como atacante e aumentou o número de cruzamentos. Mas aí entrou outro fator determinante do empate: a noite inspirada de Thiago Couto. O AS descreveu o segundo tempo do goleiro como "memorável", responsável por sustentar o 0 a 0 mesmo diante de 21 finalizações palmeirenses. Nos acréscimos, novamente houve reclamação de pênalti, novamente ignorada pela arbitragem.

O Vitória, por sua vez, celebrou o ponto fora de casa, importante na luta contra o rebaixamento. Para o Palmeiras, o empate amplia a pressão na reta final. Agora, antes da final da Libertadores, o time precisa reagir contra Fluminense e Grêmio, enquanto observa o Flamengo, que segue com o controle da briga pelo título.

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