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João Cancelo e Bruno Fernandes apoiam críticas à Superliga Europeia

Apesar de jogarem em dois dos principais clubes envolvidos na criação da organização, atletas se mostram contrários à ideia da nova liga. Daniel Podence também se pronuncia

Cancelo e Bruno, os dois primeiros da esquerda para a direita, jogam na Inglaterra (Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP)
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A criação da Superliga Europeia, com 12 clubes do Velho Continente, não foi bem aceita por torcedores. No entanto, alguns jogadores de futebol também mostraram que são contra a nova organização. E a opinião de dois atletas em especial chamou a atenção: João Cancelo e Bruno Fernandes, de Manchester City e Manchester United, respectivamente.

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Os dois jogadores portugueses fazem parte de clubes do Big Six da Inglaterra (grupo dos seis maiores do país britânico), e ambas as equipes fazem parte da formação original da Superliga. Ou seja, tanto o lateral-direito como o meia são contra a ideia de seus respectivos clubes.

Nesta segunda-feira, o atacante Daniel Podence, que também é português e atua no Wolverhampton, postou uma foto em seu Instagram dizendo que o dinheiro não pode comprar tudo.

- A bola. A música. O sonho. O voleio de Zidane... A jogada de Kaká... Liverpool em Atenas... Ole (Solskjaer) em Barcelona... Cristiano e Seedorf... Existem algumas coisas que simplesmente não podemos pagar por isso - postou.


Em seguida, João Cancelo e Bruno Fernandes compartilharam em suas contas a foto de Podence. O lateral do Manchester City escreveu "meu puto". No português de Portugal, "puto" tem o significado de "menino, rapaz". Já o meia do United, em inglês, disse que "sonhos não podem ser comprados".

Repúdio de portugueses no Instagram (Foto: Reprodução / Instagram)

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ENTENDA A SUPERLIGA
Até o momento, os participantes da nova Liga são Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, pelo Big Six inglês. Na Espanha, Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid fazem parte da cúpula. Pela Itália, Inter de Milão, Juventus e Milan concluem o grupo. Outros três clubes são aguardados para dar início ao torneio.

O molde do torneio giraria em torno de 20 clubes, dentre os quais 15 são os fundadores. As partidas ocorreriam nos meios de semana e as equipes seguiriam participando de seus campeonatos nacionais, conforme o calendário tradicional. Em um modelo parecido com o da NBA, os grupos seriam divididos em dois, cada um com 10 integrantes, dentre os quais três avançariam diretamente às quartas de final.

Os clubes que terminarem a primeira fase em quarto e quinto de seus grupos, disputarão entre si, em dois jogos, quem assume as vagas restantes. Assim como na Liga dos Campeões, os confrontos pela fase inicial e playoffs seriam de ida e volta. A final, todavia, será disputada em jogo único e local neutro.

Segundo o comunicado emitido pela organização da Superliga, a ideia central é elevar o patamar do futebol europeu.

- Proporcionará um crescimento econômico significantemente maior e apoio ao futebol europeu por meio de um compromisso de longo prazo com pagamentos de solidariedade ilimitados que crescerão de acordo com as receitas da Superliga - afirmou o comunicado da Superliga

- Estes pagamentos de solidariedade serão substancialmente mais elevados do que os gerados pela atual competição europeia e deverão ser superiores a € 10 bilhões durante o período de compromisso inicial dos clubes - concluiu.

Ainda sobre pagamentos, a Superliga prometeu uma base financeira por volta de € 3,5 bilhões para os clubes fundadores compensarem os prejuízos pela pandemia da Covid-19 e melhorarem suas infraestruturas. Caso o valor se confirme, seria superior aos pagos pela Uefa em todas suas competições (Liga dos Campeões, Liga Europa e Supercopa Europeia).

Já Andrea Agnelli, vice-presidente da organização, e presidente da Juventus, afirmou que a Superliga aumentaria a solidariedade entre os clubes, e tornaria o esporte mais atraente para os fãs.

- Nossos 12 clubes fundadores representam bilhões de fãs em todo o mundo e 99 troféus europeus. Nós nos reunimos nesse momento crítico permitindo que a competição europeia se transformasse, colocando o jogo que amamos numa base sustentável para o futuro a longo prazo, aumentando substancialmente a solidariedade e dando aos torcedores e jogadores amadores um fluxo regular de jogos de destaque que irão alimentar a sua paixão pelo jogo e, ao mesmo tempo, fornecer a eles um modelo atraente - disse o italiano.