Futebol Internacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

EUA x México. Muito mais do que um jogo das Eliminatórias

Dois dias após vitória de Donald Trump, que propõe sanções aos mexicanos e <br>até construir muro na fronteira, Estados Unidos encara o país vizinho. Tensão no ar

Nesta sexta há o primeiro evento &nbsp;esportivo &nbsp;envolvendo EUA e México após a eleição de &nbsp;Donald Trump, que fez campanha insultando e prometendo sanções contra mexicanos e latinos (Crédito: Gage Skidmore)
Escrito por

Na terça-feira passada ocorreu a eleição dos EUA. Contra os prognósticos, até a boca de urna no dia, o republicano Donald Trump venceu a democrata Hillary Clinton. Trump, bilionário famoso, dono de hotéis e protagonista de programas de TV, teve como pontos da campanha promessas de construir muro na fronteira para evitar a entrada de mexicanos nas fronteiras e de expulsar latinos sem visto, além de insultos sistemáticos contra o país vizinho.
Pois bem: por ironia, hoje, às 23h, EUA e México duelam em Columbus pelas Eliminatórias (rodada de abertura do hexagonal final). Duelo de rivalidade e disputado no momento mais delicado da história entre as nações.

A escolha da cidade ocorreu antes das eleições e foi estratégia esportiva. Na região o comparecimento do torcedor americano é maior nos jogos de futebol, há poucos mexicanos e os ingressos foram direcionados. Tanto que os visitantes quase não terão torcida. Mas há dúvida sobre como será o comportamento dos torcedores. Vaiarão o México? farão atos hostis para ratificar que estão com Trump.

Capitão dos EUA, o meia Bradley diz que o jogo cai numa hora em que será impossível ter bom ambiente, embora acredite que os atletas se dedicarão apenas a jogar bola.

- Que a torcida nos apoie e que exista respeito entre todos, americanos, mexicanos, mulheres e crianças.

A rivalidade, neste clássico desta sexta-feira, extrapola as quatro linhas e tem conotações para lá de políticas.

Para entender a eleição americana​

A eleição por lá é diferente do Brasil. Lá quem tem mais voto pode não levar e este foi o caso de Hillary Clinton (ganhou apertadíssimo: 47,6 a 47,5%). O eleitor vota, mas elege delegados. O partido que vencer no estado, leva todos os delegados. O número deles depende da população daquele estado. São 50 estados . O Alasca, com pouca gente, elege três. A Califórnia, o mais populoso, 55. O total dá 541 delegados e quem conseguir 271 leva. Trump chegou a 290 contra 232 de Hillary (Michigan, 10 votos, ainda não teve a votação encerrada).

Redutos

Como é tradicional, os republicanos ganharam no Sul e os democratas no Norte. Mas há estados que pedem de um lado para o outro, e estes - como a Pensilvânia - desta vez ficaram com os republicanos.

Fórmula de Trump
Trump usou discurso populista.  Entre outras coisas, bateu na tecla de que os EUA deve ir à guerra contra o Estado Islâmico e que o imigrante sem visto de
permanência seja expulso. Além disso, para combater o tráfico de drogas que vem do México, quer colocar muro fechando toda a fronteira com este país. Causou ira entre os latinos, mas ganhou o eleitorado do interior (nas grandes cidades deu Hillary) e bateu a democrata: 290 a 232 (Michigan ainda não
foi oficializado).