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Dirigente admite atos racistas contra Ozil na seleção alemã: ‘Inaceitável’

Em entrevista, presidente da Federação Alemã reconheceu acusações feitas pelo meia e afirmou que 'deveria ter se envolvido mais intensamente' no caso

Mesut Ozil acusou a Federação Alemã de ataques racistas (Foto: AFP/KENZO TRIBOUILLARD)
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O episódio de racismo envolvendo a aposentadoria de Mesut Ozil da seleção alemã ganhou um novo episódio neste domingo. Em entrevista ao jornal 'Bild', o presidente da federação local, Reinhard Grindel, admitiu as ofensas ao meia e afirmou que 'deveria ter se envolvido mais intensamente' no ocorrido.

- Deveria ter-me envolvido mais intensamente, em vista dos ataques racistas que sofreu por parte de algumas pessoas, e deveria ter me interposto pessoalmente para proteger Ozil. Esse tipo de ataque é algo inaceitável. Deveria ter dito isso com mais clareza – afirmou Grindel.

Sobre o desempenho de Ozil na Copa do Mundo da Rússia, o mandatário deixou claro que não acha justo culpar apenas um jogador pela campanha decepcionante dos campeões mundiais de 2014.

- Nunca fiz o menor comentário sobre suas atuações esportivas. Para mim, sempre esteve claro que perdemos juntos e ganhamos juntos. Atribuir a derrota a um único jogador é absurdo - concluiu.

Relembre a polêmica:
Após o fracasso na Copa do Mundo, Mesut Özil anunciou que não jogará mais pela Alemanha. Em tom de despedida, o jogador emitiu um comunicado via Twitter informando sua decisão. O meia do Arsenal justificou sua saída da seleção por se considerar perseguido pela Federação Alemã de Futebol.

Frequentemente, o jogador expressa suas opiniões favoráveis à imigração e ao multiculturalismo na Alemanha. Özil tem ascendência turca. Suas críticas foram direcionadas ao presidente da Federação Alemã, Reinhard Grindel.

- Em 2004, enquanto você (Grindel) era membro do Parlamento (alemão), você reclamou que "o multiculturalismo é na verdade um mito, uma mentira duradoura", enquanto votava contra a legislação favorável à duplas nacionalidades e às punições por subornos, e também disse que a cultura islâmica se tornou muito entranhada em muitas cidades alemãs. Isto é imperdoável e não se pode esquecer. - O tratamento que eu recebi da DFB e de muitos outros me fazem não mais querer vestir a camisa da seleção da Alemanha. Eu não me sinto querido e acho que tudo o que eu conquistei desde a minha estreia internacional (na seleção), em 2009, foi esquecido - afirmou o jogador do Arsenal.

Critica de ex-companheiro
​As polêmicas declarações de Ozil foram repreendidas pelo meia Toni Kroos, seu ex-companheiro na seleção. Em entrevista recente ao 'Bild', o jogador do Real Madrid criticou a atitude do meia do Arsenal.

- A maneira com que Özil renunciou não foi correta. A parte em que ele alude a coisas (racismo) que não era necessário aludir, ficou ofuscada por um monte de estupidez. Creio que ele sabe que não tem racismo dentro da seleção e na federação. Pelo contrário, sempre apostamos na diversidade e na integração e, durante muito tempo, ele foi um exemplo disso - criticou Kroos.