O futebol argentino ganhou um novo campeão nacional. O Independiente Rivadavia, da cidade de Mendoza, conquistou pela primeira vez em seus 111 anos de história a Copa da Argentina, após final contra o Argentinos Juniors. O título, decidido nos pênaltis por 5 a 3 após empate em 2 a 2 no tempo normal, também garantiu ao clube uma vaga inédita na Libertadores de 2026 – a primeira participação internacional da equipe.

➡️Tudo sobre os maiores times e as grandes estrelas do futebol no mundo afora agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Futebol Internacional

O feito histórico coroou uma sequência improvável. Em 2023, o Rivadavia conquistou a segunda divisão e garantiu o primeiro acesso à elite do futebol argentino. Apenas dois anos depois, o time ergueu um troféu nacional e assegurou um lugar entre os gigantes do continente. Fundado em 1913, o clube construiu sua trajetória entre campeonatos regionais e divisões inferiores, longe dos holofotes de Buenos Aires. Mendoza, sede do clube, fica mais próxima de Santiago do Chile do que da capital argentina, e o isolamento geográfico sempre foi um obstáculo à sua ascensão.

Drama e superação em Córdoba

A final no estádio Mario Kempes foi um retrato fiel da história do clube: sofrimento, resistência e superação. O Rivadavia abriu o placar logo aos nove minutos, com um gol de cabeça do paraguaio Alex Arce, ídolo da torcida e símbolo da reconstrução recente da equipe. Ainda no primeiro tempo, o zagueiro Franco Amarfil foi expulso, deixando o time com um a menos. Mesmo em desvantagem, o Rivadavia ampliou no segundo tempo com Matías Fernández, em rápido contra-ataque.

➡️Siga o Lance! no Google para saber tudo sobre o melhor do esporte brasileiro e mundial

O Argentinos Juniors reagiu na sequência. Alan Lescano descontou dois minutos depois, e a pressão se intensificou nos acréscimos. Já nos minutos finais, o Rivadavia perdeu outro jogador, Alejo Osella, e o técnico Alfredo Berti também foi expulso por reclamação, assistindo ao restante do jogo da arquibancada. A equipe resistiu até os 52 minutos, quando Erik Godoy empatou e levou a decisão para os pênaltis.

Pipe, do Independiente Rivadavia, comemorando a Copa da Argentina (Foto: Reprodução)

Nos pênaltis, o goleiro Gonzalo Marinelli se tornou o grande herói. Reserva na final, ele havia entrado aos 45 minutos do segundo tempo após a lesão de Ezequiel Centurión, titular e destaque na semifinal contra o River Plate. Marinelli defendeu a cobrança de Tomás Molina – duas vezes. O árbitro mandou repetir a primeira defesa por avanço, mas o veterano de 36 anos pegou novamente o pênalti que garantiria o título. Na sequência, Sebastián Villa converteu o chute decisivo e fez explodir a torcida de Mendoza nas arquibancadas.

O técnico Alfredo Berti, expulso durante o jogo, foi outro personagem marcante da conquista. Responsável pelo acesso em 2023, ele havia deixado o clube no início de 2024, mas retornou em agosto, quando o Rivadavia lutava contra o rebaixamento. Com o título, Berti soma 80 jogos no comando, com 40 vitórias, 22 empates e 18 derrotas, e passa a ocupar um lugar especial na história do clube.

Em pouco mais de dois anos, o clube saiu da segunda divisão para conquistar um título nacional e garantir presença na Libertadores. O feito também reforça a força do futebol do interior argentino, tradicionalmente dominado por clubes da capital.

📲 De olho no Lance! e no Futebol Internacional. Todas as notícias, informações e acontecimentos em um só lugar.

Siga o Lance! no Google News