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Lance!
Enviado especial a Assunção (PAR)
Dia 26/01/2016
16:32
Atualizado em 26/01/2016
17:00
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A anistia que entraria em votação para ser dada aos clubes punidos pela Conmebol - como ao Boca Juniors, por exemplo, que precisa cumprir quatro jogos sem torcida como mandante e outros quatro como visitante - em nome de uma benevolência no ano do centenário da entidade sul-americana foi deixado de lado, pelo menos por agora.

No Congresso Extraordinário, os dirigentes, após uma moção dos uruguaios, decidiram criar uma comissão de advogados para avaliar melhor o assunto, como base técnica. Mas a questão é mais política.

O primeiro ponto levado em consideração para motivar o recuo na realização da votação foi que a Conmebol, no dia em que elegeu um novo presidente, com promessa de administração séria e transparente, daria uma mensagem negativa se concedesse perdão geral aos punidos disciplinarmente.

O tema da anistia foi colocado em pauta por causa de um acordo feito pelo ex-presidente Juan Ángel Napout, segundo apurou o LANCE!. Os clubes argentinos pressionaram o presidente da AFA, Luis Segura, que por sua vez levou a questão à Assunção e lá encontrou apoio político do cartola atualmente preso.

O mesmo acordo foi feito com o recém-eleito Alejandro Domínguez, em nome do apoio argentino a mais uma candidatura paraguaia à Conmebol. Só que as coisas não se tornaram tão simples. Dirigentes de outros países não toparam a ideia, já que não houve discussão no Comitê Executivo sul-americano. Vários dos presidentes, que ainda estão em processo de aterrizagem nas cadeiras de comando dos respectivos países, não tinham a menor ideia do que se tratava o tema. Se fosse em votação, o risco era grande de a anistia não passar.

Com a proposta da comissão, a Conmebol vai definir os membros do grupo. A tendência inicial é que seja a comissão de assuntos legais, formada no fim de dezembro de 2015 e que tem como um dos integrantes o brasileiro Alvaro Melo Filho.

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