Lewis Hamilton resolveu trazer um pouco de esperança ao torcedor da Ferrari nesta sexta-feira (19) e liderou o treino livre 2 do GP do Azerbaijão, 0s074 mais rápido que o companheiro de equipe, Charles Leclerc, ao virar 1min41s293. O duo aproveitou os problemas da McLaren para liderar com 0s4 sobre George Russell, que terminou em terceiro.
➡️ Tudo sobre os esportes Olímpicos agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Olímpico
Ao contrário da primeira atividade do dia, bastante comprometida por uma longa bandeira vermelha por conta de detritos na pista, os pilotos tiveram uma segunda sessão limpa, ainda que o muro não tenha passado tão ileso assim. Lando Norris e Oscar Piastri que o digam, já que os dois acertaram as barreiras de proteção em pontos diferentes do traiçoeiro traçado azeri.
No caso de Norris, a batida na curva 2 foi mais forte, tanto que chegou a danificar a suspensão. Já Piastri foi mais contido ao longo da sessão, principalmente depois do problema de motor no TL1 que comprometeu o começo da atividade.
Com a McLaren fora de combate, foi o momento ideal para as rivais brilharem, e quem melhor se aproveitou foi a Ferrari. É justo, no entanto, dizer que desde o começo, Leclerc e Hamilton se revezaram na primeira colocação, mas o que chamou atenção foi a Ferrari forte não somente nos setores 1 e 3, mais velozes por conta das retas. Lewis foi somente 0s073 mais lento que Norris na área mais sinuosa, que pega as ruas da cidade histórica.
Um começo, portanto, animador para os carros vermelhos, e também para a Mercedes, que veio na sequência, mas a 0s4 de distância da Ferrari. A Red Bull, por sua vez, vai ter de trabalhar um pouco mais na configuração para colocar Max Verstappen na briga, pois ele ficou 0s6 atrás de Hamilton.
Já Gabriel Bortoleto teve desempenho semelhante ao visto no TL1. Com a melhor volta registrada de médios, ocupou o 15º lugar, com Nico Hülkenberg, que rodou de macios, em 18º.
GP do Azerbaijão de F1: veja os horários
Sessão | BRA* | CBV | POR ANG |
MOZ |
Treino livre 3 | 05:30 | 07:30 | 09:30 | 10:30 |
Classificação | 09:00 | 11:00 | 13:00 | 16:00 |
Corrida | 08:00 | 10:00 | 12:00 | 13:00 |
Depois de uma sessão liderada com muita folga por Norris, a F1 retornou às ruas da capital azeri com céu parcialmente nublado: termômetros em 24°C, asfalto em 32°C e umidade relativa do ar mais alta que a vista pela manhã, em 74%. Condições boas, portanto, para que as equipes pudessem testar para valer mudanças e acertos levados para Baku, uma vez que o TL1 foi mutilado por conta de um pedaço de borracha que se soltou em uma das zebras e provocou paralisação enorme.
O maior desafio para os pilotos, porém, seria se manter longe das barreiras de proteção no estreito traçado urbano, principalmente no setor da cidade histórica. Não faltaram fritadas de pneus e passadas retas depois da chicane do castelo, e isso com apenas 15 minutos de atividades. Oliver Bearman e Hamilton foram alguns dos que erraram o ponto ne frenagem e tiveram de manobrar para voltar à pista.
Enquanto isso, Norris liderava a sessão com 1min42s199, porém apenas 0s008 mais rápido que Leclerc. Como já era esperado, o monegasco mandou no setor 3 — o da longa reta de 2 km —, sendo nada menos do que 0s3 mais rápido que o piloto da McLaren.
Leclerc, então, foi para mais um giro, e dessa vez acertou o sinuoso trecho intermediário, assumindo a ponta com 1min41s786. Hamilton veio na sequência, pegou os setores 1 e 2 e ficou a apenas 0s152 de Charles, mas o detalhe era o uso dos pneus médios — o C5 da gama, uma vez que a Pirelli resolveu colocar mais uma vez o C6 para jogo novamente na temporada.
A Emília-Romanha, aliás, já havia mostrado que a diferença entre C6 e C5 era mínima, tanto que, depois, Lewis colocou 0s243 sobre Leclerc ao virar 1min41s543, com o melhor setor 1 e 0s3 mais rápido que o companheiro de equipe na parte mais lenta. Norris era o terceiro, a 0s6 de distância, enquanto Piastri era somente o 12º, 1s3 atrás da marca de Hamilton.
O desempenho de Piastri merecia atenção. Depois de problemas no motor no TL1, a McLaren o instruiu a cuidar da unidade de potência, portanto fazia certo sentido a performance bem abaixo do padrão papaia na temporada. Norris, em contrapartida, tentava recuperar algumas posições quando acertou o muro na curva 2 e danificou a suspensão. Coincidentemente, o colega de McLaren também bateu na barreira de proteção na sequência, mas a da curva 15, que costuma ser traiçoeira com os mais desatentos.
Pouco antes dos incidentes envolvendo o duo laranja, Leclerc recuperou a ponta, ainda de macios, ao virar 1min41s367, com melhor setor 1. O tempo foi 0s176 melhor que o de Lewis. Russell, Bearman, Verstappen, Liam Lawson, Esteban Ocon, Alex Albon, Norris e Carlos Sainz completavam o top-10, enquanto Bortoleto vinha em 14º, com a melhor volta assinalada também de médios, a 1s1 da marca de Charles.
Com 15 minutos para o fim, foi a vez de Russell dar escapada suficiente para beijar o muro. Até então, ele vinha a 0s4 de Leclerc, tempo registrado de pneus macios, enquanto Antonelli era o quarto colocado, apenas 0s009 mais lento que George. Para a felicidade da Mercedes, nada sério capaz de causar danos ao W16. Na sequência, Hamilton deu o troco em Charles e assumiu de novo a liderança, dessa vez definitiva com 1min42s293, e isso porque os dez minutos derradeiros foram para as simulações de corrida.