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Grande Premio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/07/2025
21:52
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Tim Mayer, candidato de oposição à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), voltou a criticar abertamente a gestão de Mohammed Ben Sulayem. Em entrevista ao podcast The Parc Fermé, falou em “consolidação de poder sem precedentes” e defendeu que o órgão precisa urgentemente de uma reforma para recuperar princípios democráticos e a relação com as principais partes interessadas.

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Filho do lendário cofundador da McLaren, Teddy Mayer, Tim é uma figura conhecida nos bastidores do automobilismo. Ocupou cargos de liderança em categorias como Champ Car World SeriesIMSA SportsCar American Le Mans Series, além de ter atuado como comissário em diversas competições da entidade. Na Fórmula 1, atuando inclusive como comissário-chefe, trabalhou por 15 anos. Ele lançou oficialmente sua candidatura no início de julho.

Para Mayer, a gestão de Ben Sulayem deixou de lado a governança para focar em centralização. Em sua visão, a série de mudanças graduais no estatuto da FIA retirou representatividade dos membros e concentrou ainda mais a autoridade na figura do presidente.

— O foco não está na entrega, na minha opinião. O objetivo tem sido consolidar poder de uma maneira jamais vista antes. As pessoas eleitas para representar os clubes já não podem nem falar com os membros que deveriam representar. É uma erosão terrível dos padrões de governança — disparou.

— Os estatutos da FIA foram modificados diversas vezes. Cada alteração foi um pequeno passo no caminho para chegar onde estamos hoje, onde não vemos um cenário democrático, que foi a plataforma usada por Ben Sulayem para se eleger — emendou.

Mohammed ben Sulayem, é presidente da Federação Internacional de Automobilismo (Foto: FIA/Divulgação)

Mayer também criticou como a FIA trata seus principais parceiros comerciais e esportivos e clamou a necessidade de mudança.

— A relação com pilotos, promotores e equipes não é a maneira como um órgão como a FIA deveria trabalhar. Essas pessoas dedicaram suas vidas e carreiras ao esporte, e não deveriam ser tratadas como crianças malcomportadas. Cheguei à conclusão de que isso precisa mudar — afirmou.

A Fórmula 1 volta de 25 a 27 de julho em Spa-Francorchamps, que recebe o GP da Bélgica.

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