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Unidos de Bangu homenageia Castor de Andrade e carnavalesco explica: ‘Um olhar romântico sobre ele’

Ex-patrocinador do Bangu Atlético Clube, contraventor foi responsável por levar o clube a campanhas históricas na década de 1980<br>

Castor de Andrade é o enredo da Unidos de Bangu em 2022 (Reprodução)
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Uma das principais personalidades da história do Rio de Janeiro, Castor de Andrade divide opiniões populares. Para muitos, era o banqueiro do Jogo do Bicho, contraventor e responsável por crimes na cidade. Para outros grupos, como os do samba e do futebol, era um homem respeitado e adorado. E é dessa segunda abordagem que a Unidos de Bangu terá como enredo no Carnaval de 2022.

Nesta quarta, a Unidos de Bangu entra na Marquês de Sapucaí, como a sexta escola a desfilar pela Série Ouro. Com enredo 'Deu Castor na Cabeça', a agremiação vai contar a história de vida de Castor de Andrade. No último dia 9, a escola realizou ensaio técnico e o LANCE! conversou com o carnavalesco Marcus Paulo, que explicou como o ex-patrocinador do Bangu Atlético Clube será trazido para o Sambódromo.

- Existe o Castor banqueiro de bicho, o Castor patrono de escola de samba e Castor dono do time do Bangu. No documentário que foi feito ('Doutor Castor', do Globoplay), é a visão dos jornalistas, dele como um gangster. No ambiente do Carnaval, já existe um outro olhar para ele, de mais adoração e obediência, pelos investimento que ele fez lá na Mocidade - disse Marcus Paulo, que completou:

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- Então é isso que a Bangu vai trazer para o desfile, esse olhar mais romântico sob Castor de Andrade. A gente vai ter essa soma desse anti-herói do mundo do Jogo do Bicho, com o futebol e com o apaixonado pelo Carnaval que se ajoelhava na Marquês de Sapucaí e respeitava o Sambódromo como se fosse um templo - emendou o carnavalesco da Unidos de Bangu.

Marcus Paulo, carnavalesco da Unidos de Bangu (Foto: Leonardo Damico)

Torcedor do Bangu desde criança por influência do pai Euzébio, Castor de Andrade, passou a investir como grande patrocinador do clube a partir da década de 1980 e levou o pequeno time do estado a grandes campanhas, como o vice-campeonato brasileiro de 1985, vaga inédita da Copa Libertadores de 1986 e o título da Taça Rio de 1987. Deixou o clube no ano seguinte após perseguição da Justiça.

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- Castor nasceu em Bangu, cresceu lá, e a família dele já investia na cidade e no time. Então não tinha como a gente não falar do clube. Vamos trazer um setor inteiro sobre o Bangu Atlético Clube. Temos uma alegoria e várias personalidades do time da época de Castor. O Ado vem para desfilar com a gente, e tem outros convidados. Tem uma homenagem também ao Marinho. Vamos fazer um Carnaval muito criativo, muito alegre, nos divertindo muito, assim como Castor de Andrade se divertia quando pisava aqui. É um dirigente que até hoje não tem igual - finalizou o carnavalesco.

Parte de uma alegoria da Unidos de Bangu (Foto: Divulgação)

Outra paixão de Castor de Andrade, o carnaval também teve grande influência do contraventor. Assim como fez com o Bangu, investiu pesado na Mocidade Independente de Padre Miguel e ajudou a escola a conquistar títulos e protagonismo entre as escolas de samba. Preso mais de uma vez, Castor morreu em 1997 após infarto fulminante. Thiago Brito, intérprete da Unidos de Bangu, também comentou o enredo.

- Castor é importante não só no Rio, mas como em todo Brasil. Quem nunca ouviu falar sobre Castor de Andrade? É um grande ícone do Carnaval, e o futebol, que é um dos pontos primordiais da história dele, não teria como não ser citado na Avenida. O samba já estava escolhido antes da minha chegada e a comunidade abraçou muito bem a obra. O ponto principal é o refrão, acho que o povo vai cantar muito o 'Vai dar Bangu na cabeça'. O refrão do meio também pega porque fala de futebol, Moça Bonita, gol, é simples de cantar, de fácil assimilação. Expectativa agora é de um grande desfile - projetou Thiago.

Thiago Brito, intérprete da Unidos de Bangu (Foto: Leonardo Damico)