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Ao L!, Paulo Roberto fala sobre atletas atuais: ‘A estrutura melhorou, mas falta conscientização’

Convidado do 'De Casa Com o LANCE!' desta sexta-feira, ex-lateral e atual empresário diz que jogadores têm dificuldade para se dedicarem: 'Acaba o treino e já estão no celular!'

'Os jogadores têm de viver o momento de cada partida', diz o ex-lateral Paulo Roberto (Foto: Divulgação)
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Orientar novos jogadores é o desafio que Paulo Roberto passou a ter após pendurar as chuteiras. Convidado do "De Casa Com o LANCE!" desta sexta-feira, o atual empresário e ex-lateral, que tem passagens por clubes como Grêmio, São Paulo, Santos, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Corinthians, Atlético-MG e Fluminense, apontou os obstáculos que tem encontrado no futebol atual.

- Os jovens não se dedicam aos compromissos. A gente vê isso no jogo, muito lateral cruzando a bola por trás do gol, fico às vezes irritado. Tentam cruzar e chutam em cimado jogador, não tentam o drible. Falta treinamento - declarou.

Paulo Roberto detalhou que, em seus primeiros passos no futebol, a dedicação de um comandante foi crucial para que aprimorasse sua pontaria. 

- Tive como técnico o Paulo Lumumba, que cobrava muito. Sou destro, mas ele exigia que cruzasse também com a perna esquerda, assim como fazia o  lateral-esquerdo cruzar com a direita. Desde a base fui me aprimorando, gostava de ficar depois dos treinos, cruzando bolas e batendo faltas. Foi bom que tive êxito em títulos, ajudando com assistências e até com gols - disse.

Paulo Roberto ressalta que a conscientização é fundamental para a evolução de jogadores.

- Todas as condições melhoraram: chuteira, bola, estrutura... Falta conscientizar que é necessário colocar a carreira em primeiro lugar e, assim, as coisas vão acontecendo. É preciso se dedicar para conseguir projeção. Há garotos de 16 anos que acham que são Messi, Cristiano Ronaldo, não aceitam muitos conselhos... E inclusive, mal acaba o treino, já estão com o celular, iPad! - afirmou.

Aos seus olhos, até mesmo o ponto de vista sobre a concentração tem de ser diferente.

- Concentração não é só um lugar para dormir cedo, comer bem... É para ficar atento a quem jogar amanhã, como é o jogador que você vai enfrentar. Acho que existe pouco isso hoje. Na época que íamos jantar, todo mundo fazia resenha. Hoje, você vai numa concentração e está todo mundo no iPhone, mandando mensagem. Acaba o jantar e todo mundo vai para o seu quarto - em seguida, frisou:

- Tem de viver o momento do jogo, falta isso atualmente. Não é uma crítica, é uma constatação!  Muitos só vão valorizar quando deixam os clubes de maior projeção. Inclusive, o treinador da base tem de orientar mais, para que chegue preparado no profissional - completou. 


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