Fora de Campo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Mãe cria abaixo-assinado para filha participar de campeonato de futebol após proibição por ser menina

Com apoio da mãe, criança de 7 anos luta pelo direito de disputar o Campeonato Estadual de Futsal do Espírito Santo Sub-09, permitido apenas para meninos

Meta inicial de assinaturas está perto de ser batida (Foto: Reprodução/ charge.org)
Escrito por

Laurinha é uma criança apaixonada por futebol. Desde os 4 anos, treina em escolinhas de futsal no Espírito Santo e sonha, um dia, em se tornar uma jogadora profissional, como a Marta ou a Formiga. A carreira não é fácil, mas Laurinha já descobriu que, para meninas, o caminho é ainda mais difícil. A criança foi impedida de participar do Campeonato Estadual de Futsal do Espírito Santo Sub-09, que aconteceu em novembro, pelo fato de ser menina.

Inconformada com o golpe no sonho da filha, a mãe de Laurinha, Laís Matias, está lutando para mudar essa realidade de preconceito no mundo do futebol. Na internet, ela descobriu uma poderosa ferramenta para levantar a campanha #MeninasTambémJogam e engajar apoiadores em prol da igualdade de gênero no futebol: um abaixo-assinado. Na plataforma Change.org, Laís abriu uma petição e, rapidamente, coletou 6,4 mil assinaturas. Clique aqui para assinar.

A mãe de Laurinha conta que a saga para a filha praticar o esporte começou ainda mais cedo. Foi bastante difícil encontrar uma escolinha que aceitasse Laurinha aos 4 anos. A única que permitiu que ela treinasse junto com os meninos foi o “Cruzeiro da Ilha de Santa Maria”, em Vitória, capital do Espírito Santo. Hoje, aos 7 anos, a menina continua na mesma escola.

- A saga para uma menina que sonha ser uma jogadora de futebol é tortuosa e desigual. Locais que incentivam a prática feminina para as crianças são quase inexistentes e, por conta disso, as garotas sempre precisam começar a jogar futebol em escolinhas ao lado dos meninos - conta Laís. A segunda barreira na trajetória da jogadora-mirim veio em novembro, quando a família recebeu a notícia de que ela ficaria de fora do campeonato estadual.

Laís explica que os responsáveis pela fase municipal do torneio permitem que a menina jogue normalmente com os meninos e que todas as equipes e atletas a tratam muito bem. Porém, na fase estadual, os organizadores impedem a participação de Laurinha por se tratar de um “campeonato masculino”, no qual meninas e mulheres não podem ter o direito de jogar.

- Isso é um absurdo, pois se trata de uma criança amante do futebol, apenas”, indigna-se Laís. “Proibi-la de jogar não é só andar para trás, mas se trata também de um desrespeito à família que incentiva a menina à prática do esporte, que como todos sabemos o nosso país sempre foi referência - completa a mãe de Laurinha sobre o caso de preconceito.

Laís seguirá com a campanha #DeixemALaurinhaJogar ativa na Change.org e nas redes sociais até que os organizadores do campeonato tornem as regras iguais para meninos e meninas. “Pensem na minha situação como mãe, de ter que explicar para sua filha de 7 anos que a mesma não poderá fazer o que sempre amou pelo fato de ser menina”, desabafa.