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Jornalista critica Copa no Qatar e relata exploração de pessoas no Oriente: ‘Um idioma não une povos’

O jornalista brasileiro Fernando Kallás não concordou com a abordagem feita pela Fifa aos povos Oriente Médio 

Foram sorteados os grupos da fase de grupos da Copa do Mundo - Foto: KARIM JAAFAR / AFP
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O jornalista Fernando Kallás, fez fortes afirmações sobre a maneira que o Oriente Médio foi retratado no evento do sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022. Segundo o jornalista, existe discriminação e eploração feita pelos países do Golfo Pérsico com o restante do "mundo árabe".

Kallás tem decendência libanesa, e não gostou da forma que os povos árabes foram abordados no evento da Fifa. O jornalista tem ligações familiares com o Líbano, e relata uma relidade diferente da que foi falada no evento sobre Oriente Médio.

- Não é! A Copa do Qatar não é a Copa do mundo árabe pq não existe um “mundo árabe” da mesma forma que não existe um mundo espanhol ou inglês. Um idioma não une povos. O Golfo Pérsico há anos explora e discrimina a mão de obra barata do resto do “mundo árabe” de forma sádica e cruel! - escreveu.

Ele continua o desabafo falando sobre uma exploração do Golfo Pérsico. Eixo formado por: Arábia Saudita, Irã, Emirados árabes Unidos, Omã, Catar, Bahrein, Kuwait e Iraque. Essa região é conhecida pelo seu grau estratégico, uma vez que nela se concentra a maior parte da produção de petróleo do mundo.

- Eu sou libanês, minha mulher é síria é meu melhor amigo, palestino. Temos vários primos q trabalham no Golfo Pérsico e são explorados com salários e condições de trabalho precárias e tratados como cidadãos de segunda classe pelo simples motivo de serem “árabes”! Vergonha! - ressaltou o jornalista.

Nos últimos anos, a Anistia Internacional já vinha fazendo alguns comunicados a respeito das condições precárias dos trabalhadores imigrantes nas obras no Qatar. De acordo com um relatório divulgado em novembro do ano passado, a ONG mostra que não houve progresso no mercado de trabalho no Qatar em 2021. Além disso, práticas abusivas ressurgiram, o que deixou a situação dos operários ainda mais difícil.

Além disso, a Anistia apurou que diversos funcionários continuam sem receber salários por meses, são impedidos de trocar de emprego e não é autorizado a criação de sindicatos para a defesa de seus interesses coletivos. E, ainda, suspeitam de muitas mortes sem investigação e compensação para as famílias.