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Fifpro defende direito de jogadores em expressar apoio aos direitos humanos

Sindicato mundial dos jogadores de futebol expressou desacordo com sanções da Fifa

Harry Kane foi impedido pela Fifa de usar braçadeira com as cores do arco-íris (Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)
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O sindicato mundial dos jogadores de futebol, Fifpro, expressou seu desacordo com a Fifa por sancionar jogadores que usam braçadeiras "One Love" e defendeu que "não pode representar um impedimento" porque "jogadores de futebol devem ter o direito para expressar seu apoio aos direitos humanos dentro e fora do campo".


- O final decepcionante desta ação coordenada para expressar apoio à igualdade e inclusão não pode ser um impedimento para os jogadores de futebol expressarem suas opiniões. Os jogadores de futebol devem ter o direito de expressar seu apoio aos direitos humanos dentro e fora do campo e apoiaremos todos aqueles que utilizam sua próprias plataformas para fazer isso -  afirmou o sindicato.

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O sindicato defendeu esta opinião após as federações de Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Suíça e País de Gales se recusaram a permitir que seus capitães usassem as citadas braçadeiras depois da Fifa ter confirmado que receberiam sanções esportivas por isso.

- Principalmente não concordamos com a premissa de que os capitães enfrentam sanções que afetam sua capacidade de disputar a Copa do Mundo devido a uma ação coletiva realizada pelas seleções, as federações e seus dirigentes. Ao usar as braçadeiras, os capitães teriam sido os transmissores de uma ação coletiva e fazer com que a ameaça de sanção recaia sobre eles é um erro - disse em comunicado.

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A Fifpro lamentou o desfecho desta situação, apesar de reconhecer que existe um regulamento dos uniformes da Copa do Mundo da Fifa, previamente aprovado pelas federações participantes e que prescreve o uso de braçadeiras específicas para os capitães.

- No entanto, o final decepcionante desta ação coordenada para expressar apoio à igualdade e inclusão não pode impedir os jogadores de futebol de se manifestarem - acrescentou.

O sindicato anunciou que apoiará todos aqueles que "usarem suas próprias plataformas para fazê-lo" e afirmou que "uma bandeira do arco-íris não é uma declaração política, mas um apoio à igualdade e, portanto, a um direito humano universal".

- Mais uma vez, os regulamentos do futebol que visam reger uma competição afetam diretamente os direitos dos jogadores de futebol e, no entanto, continuam sendo feitos sem sua participação e acordo. Continuaremos trabalhando para que os jogadores sejam representados em todas as decisões que afetam seus empregos e carreiras - concluiu.

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A braçadeira "One Love" com motivo de arco-íris apareceu na Eurocopa disputada no ano passado, quando o capitão da Holanda, Georginio Wijnaldum, a usou para apoiar a comunidade LGBTQIA+ na partida das oitavas de final contra a República Tcheca, em Budapeste.

O seu gesto surgiu pouco depois da Uefa o ter permitido e confirmado à Federação Húngara que "os símbolos das cores do arco-íris não são políticos e estão alinhados com o #EqualGame, que luta contra toda a discriminação, incluindo a comunidade LGBTQ+", ao mesmo tempo que permitiu a entrada de bandeiras e símbolos a favor da igualdade no estádio