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Dinamite destaca convivência com gerações vitoriosas do Cruz-Maltino

Ao 'De Casa com o LANCE!', ex-jogador recorda mudança de posição no ataque e convívio com atletas como Romário, Geovani, Mauricinho e Geovani na Colina

'Romário era um jogador fora de série', reconhece o ex-atacante (Foto: (Reprodução)
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O longo período em campo com a camisa do Vasco rende muita gratidão a Roberto Dinamite. Convidado do "De Casa com o LANCE!" na última sexta-feira, o ídolo recordou o que foi crucial para sua mudança de postura no setor ofensivo.

- Começou em 1982, com o Oto Glória, durante uma disputa de um torneio internacional, o Ramón de Carranza. Ele me disse: "Roberto, não quero você mais enfiado na área. Tenta jogar mais como segundo atacante". O Vasco tinha na época um atacante, o Paulinho, que foi artilheiro do Brasileiro (em 1978) e eu saía um pouco da área para fazer as jogadas com ele - afirmou.

Dinamite recordou-se também da dupla "Ro-Ro", que se consolidou anos depois.

- O Romário surgiu da base, aí se ajeitou o time para dar uma liberdade. Por ser rápido, o time foi ajeitado para que ele saísse liberdade. Eu vinha quase para o meio e lançava ou ele ou o Mauricinho. Romário fez muitos gols assim - e, em seguida, não poupou elogios ao Baixinho:

- Um grande jogador, fora de série. Mas eu brinco que não fui eu que joguei com o Romário, e sim o Romário que jogou comigo (risos) - completou.

O ex-jogador contou uma situação inusitada do dia a dia de preparação neste seu período no Cruz-Maltino.

- O Ademar Braga, preparador físico na época, pediu um exercício de corridas para o Mauricinho, Romário e eu. Cheguei para ele e disse: "cara, eu vou correr com esses garotos?" (risos). Mas aí ele falou que entendia, até por eu já ser um pouco mais experiente - disse.

Roberto não esconde sua gratidão de ter visto uma geração de talentos desabrochar com a camisa do Vasco.

- Acho que entre 1971 e 1992, joguei com praticamente todo mundo que passou pelo Vasco. Bismarck, Soratinho, Geovani, Mauricinho... Foi uma geração que se tornou muito vitoriosa. O Sorato me disse uma vez: "via você treinando e me espelhava na maneira de você jogar".  No fim da minha carreira, o Edmundo, que mostrou seu talento. Sempre procurei tratar bem os garotos que surgiam no clube. Isto me dá muito orgulho - declarou.

O ex-atacante contou uma situação curiosa deste seu ciclo na Colina.

- Eu treinava cobranças de falta e pênalti depois da atividade e, inclusive na véspera dos jogos, ia com o time para o concentração. Quando voltava de ônibus, eu gostava de sentar sempre na poltrona 17. Aí ao entrar, olhava: "pô, tem gente sentada no meu lugar". Eu ia, ficava parado e esperava a pessoa sair. O Bismarck, que foi meu parceiro de quarto, me contou a história há pouco tempo. Eles deixavam um garoto sentar lá só para, na hora de eu subir, tirarem sarro: "sentou no lugar do homem" (risos). Mas, claro, eu procurava me aproximar da pessoa, para ficar do meu lado no ônibus. Era só mesmo essa questão da poltrona.

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