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Darlan Romani teve covid, treinou em terreno baldio na pandemia e teve Kombi reformada por Luciano Huck

Atleta do arremesso de peso teve um desempenho limitado pelas dificuldades, e acabou mais uma Olímpiada em quarto lugar na competição

Romani lutou até o fim, mas penou com dificuldades (AFP - reprodução)
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Darlan Romani ficou na quarta colocação do arremesso de peso nos Jogos Olímpicos de Tóquio e não alcançou a tão sonhada medalha. O brasileiro teve seis tentativas e conseguiu um 21,88m como melhor marca. O ciclo olímpico do atleta foi marcado por muitas dificuldades e por uma exposição nacional fora do esporte, tudo com o objetivo de homenagear o pai.

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Darlan tinha o sonho de reformar uma Kombi para homenagear o pai, que não está mais vivo. O sonho, porém, esbarrava na dificuldade financeira. Romani penou para conseguir desembolsar R$ 3 mil para comprar uma kombi velha e não teve dinheiro para poder fazer a reforma.

- Falei para o vendedor: 'Mano, eu não tenho dinheiro, você passa cartão de crédito?'. Fui lá e passei R$ 3 mil, parcelei em dez vezes, mas ela não tinha motor, não tinha embreagem - disse ele, em participação no programa global 'Caldeirão do Huck'.

Com isso, Romani escrevia para o quadro 'Lata-Velha' do programa de Luciano Huck, e conseguiu realizar o sonho da reformar através do departamento de jornalismo da Globo, que levou a história para o apresentador. O programa foi exibido em 2020 e reexibido no mês passado, antes dos Jogos Olímpicos. Para ter o carro de volta, o atleta teve que cantar e se vestir de Michel Teló.

Romani curte Kombi reformada (Reprodução Rede Globo)

Mais dificuldades
Além das dificuldades financeiras, Romani se viu encurralado pela Covid-19. O atleta contraiu o vírus junto com a família antes dos Jogos e, isolado, treinou em um terreno baldio, sem o treinador, que voltou para Cuba, para não perder a forma e sonhar com uma medalha, que não foi possível.

Romani ainda sofreu com uma hérnia de disco, operou, perdeu 10kg e ficou seis meses sem competir. Após chegar a final, o atleta sai de Tóquio de cabeça erguida e deixando uma mensagem de superação e amor à família. 

- Posso mandar um parabéns para a minha mulher? Meu amor, feliz aniversário, Deus te abençoe, obrigada por ser minha companheira. Filha, meu amor, papai te ama, nosso coraçãozinho. Amo vocês - disse ele, no SporTV, que foi chamado de 'fofo' por internautas nas redes sociais.

Agora sonhando com Paris, em 2024, o atleta promete entregar 300% para realizar o sonho olímpico. Boa sorte, Romani!

- Acredito que poderia ter arremessado mais. Tenho que parar para analisar. A pandemia complicou tudo. Ano passado a gente vinha treinando forte. Entrou a pandemia, tudo que aconteceu, a cirurgia, Covid. Enfim... É difícil falar. Só quero agradecer a torcida de todos. Mais uma vez sou quarto, mas não quero mais isso na minha vida. Tem um novo ciclo, dessa vez mais curto. Se eu dava 200%, agora vou dar 300%. Obrigado Brasil - disse ele, emocionado.