Neto deu a entender que Sampaoli cometeu atos racistas (Fotos: Reprodução/Band e Luis ROBAYO / AFP)
A Band e o ex-jogador e atual comentarista Craque Neto foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a pagar R$ 500 mil ao técnico Jorge Sampaoli por uma acusação não comprovada de racismo. A decisão foi divulgada inicialmente pela "Folha de S.Paulo".
A sentença foi dada em primeira instância na 1ª Vara Cível do TJ-SP na terça-feira (7). As partes ainda podem recorrer em esferas judiciais mais elevadas.
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No processo, Jorge Sampaoli afirma que Neto e a Band feriram sua honra. Na ocasião, o apresentador deu a entender em seu programa, Baita Amigos!, que Sebastião Martins Oliveira Júnior, o Arzul, preparador de goleiros do Santos, tinha vítima de racismo por parte do argentino.
- Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano inc´rivel. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém - disse Craque Neto.
Em depoimento, Arzul negou que tenha sofrido qualquer tipo de racismo. Já Neto garantiu, em sua defesa, que Sampaoli cometia o crime de forma velada.
O juíz responsável, Cassio Pereira Brisola, afirmou que o apresentador e a emissora extrapolaram o limite da liberdade de expressão e deu ganho de causa ao treinador argentino, obrigando as partes a pagarem R$ 500 mil de multa por dano moral.
Craque Neto e Band ainda tem 15 dias para recorrer da decisão em esferas judiciais maiores. Tanto o ex-jogador quanto a emissora não comentaram sobre o caso.