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Após nove anos, Neto perde ação e faz acordo com Benjamin Back

Em 2011, ex-jogador alegou que foi insultado pelo apresentador e pediu indenização por danos morais 

Ex-jogador moveu ação por danos morais contra o apresentador Benjamin Back (Foto: Reprodução/Band)
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Após nove anos de disputa judicial, Neto perdeu o processo que moveu contra Benjamin Back, por danos morais. A ação foi movida em 2011 e o ex-jogador pediu indenização de R$ 50 mil. Os apresentadores fizeram um acordo e Neto terá que pagar R$ 12,1 mil, valor referente a honorários, com correções. 

Neto alegou que foi insultado com palavras como "pipoqueiro", "desprezível", "covarde e falso", "sem moral", entre outras. A defesa de Benja sustentou que "as críticas feitas ao autor não se dirigiram à pessoa, mas ao profissional", já que os comentários foram feitos durante o programa de rádio Estádio 97.

Confira a sentença: 

"Cuida-se de uma linha atual de profissionais da imprensa que se notabilizaram por criar um certo tipo de personagem que, aos olhos do público, exala coragem e ousadia. 

Ambos, na verdade, são polêmicos e auferem vantagem com isso. São conhecidos e valorizados, por certa parcela da população, por sua agudeza. Assim, quando o réu utiliza as expressões que usou é certo que não se dirige ao homem José Ferreira Neto, mas sim ao personagem 'Neto', que, aliás, é o único que o público conhece. Com efeito, quando qualquer do povo escuta críticas ao autor, como aquelas feitas pelo réu, jamais pensa no cidadão José Ferreira que, aliás, sequer conhecem -, mas no comentarista 'Neto'.

Mesmo que os termos utilizados pelo réu tenham sido realmente excessivos, eles se dirigiram a esse personagem, ao comentarista 'Neto' e ao modo como ele age. Não é razoável acreditar que alguém, ouvindo tais comentários, os dissocie do comentarista e os associe ao cidadão. Pelo contrário, aqueles acostumados aos termos e jargões utilizados no meio em que vivem as partes sabem distinguir uma figura da outra.

É evidente que ao utilizar os termos "pipoqueiro", "desprezível", "covarde e falso", "sem moral", que "dá nojo" e que "não vale nada", o réu referiu-se ao comentarista Neto, não à sua pessoa. Da mesma forma que, quando se utiliza de termos fortes, inclusive quando ironicamente mencionou que era "tão burro", enquanto o réu seria "muito inteligente", quem o faz é o comentarista Neto, e não José Ferreira Neto. 

O autor deve compreender que, como profissional da imprensa, a mesma regra que parece prejudicá-lo agora pode vir a beneficiá-lo no futuro, quando, ao fazer seus comentários, alguém se sinta moralmente ofendido. Enfim, quem escolhe a linha de conduta profissional que o autor escolheu não pode, de maneira incongruente, sentir-se ofendido quando outro age de maneira análoga."