Loucos da Cabeça

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Fluminense repete erros, tropeça nas limitações e precisará de reação rápida por decisão na Libertadores

Tricolor foi derrotado pelo Flamengo na final do Campeonato Carioca, mas tem partida decisiva contra o River Plate na terça-feira

Fluminense foi derrotado pelo Flamengo na final do Campeonato Carioca (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Escrito por

Meio-campo espaçado, primeiro tempo sem criação, esperança nos reservas... quem lê tal análise pode perceber que as dificuldades se aplicam a boa parte dos jogos feitos pelo Fluminense na atual temporada. Na derrota por 3 a 1 para o Flamengo na final do Campeonato Carioca, o time de Roger Machado repetiu os velhos erros, jogou mal e ainda contou com uma noite pouquíssimo inspirada do goleiro Marcos Felipe, com pelo menos duas falhas decisivas para deixar o título escapar mais uma vez e aumentar o jejum.

> ATUAÇÕES: Marcos Felipe falha e leva a pior nota do Fluminense na final; Caio Paulista vai bem

Antes do primeiro jogo da final, o meia Nene afirmou que esperava que a equipe tivesse adquirido experiência e aprendido as lições com a derrota na decisão da temporada passada, diante deste mesmo Fla. Se em 2020 o desgaste físico acabou sendo determinante, desta vez a maratona também pesou, mas a equipe mal conseguiu ameaçar o gol do rival para testar a contestada defesa rubro-negra, que até se atrapalhou nas raras oportunidades, resultado no gol de Fred, de pênalti. A bola parada, arma do Flu, se resumiu a três escanteios nos 30% de posse e cinco finalizações, uma no gol.

Veja quando será o jogo e como está a situação do Flu na Libertadores

​Assim como já havia acontecido em várias outras partidas, o Fluminense não conseguiu jogar na primeira etapa. Desta vez, porém, a desorganização se evidenciou com os 92 passes trocados e zero finalizações, escanteios e cruzamentos. Na segunda etapa, novamente dependendo do banco de reservas, Roger Machado repetiu as alterações costumeiras e viu Caio Paulista ser a luz no fim do túnel e dar mais dinamismo ao ataque, "achando" o lance do pênalti na primeira chegada do Flu ao gol de Gabriel Batista.

Pela primeira vez de uma forma mais objetiva, Roger admitiu que há problemas e que talvez precise mudar mais do que somente peças, mas sim o esquema tático utilizado. Com um meio-campo que é inseguro e aberto para defender e espaçado demais para atacar, é preciso equilibrar os setores para que a equipe consiga demonstrar consistência ao longo dos 90 minutos e não só depois do intervalo, quando há a tendência de melhora. A derrota para o Junior Barranquilla (COL) e o vice-campeonato evidenciam que não se pode depender dos momentos de sorte ou dos "gols achados" para vencer.

- Pegamos adversários na Libertadores que tem características, assim como o Flamengo, de posse de bola. Naturalmente vai gerar dificuldade, mas precisa ter a capacidade de retomar e contra-atacar com força. Foi o que nos faltou, sobretudo no primeiro tempo de alguns jogos. De fato conseguir, quando retomar a bola, acionar a profundidade e a velocidade dos jogadores que temos. Minha avaliação inicial e a busca por corrigir esses problemas recorrentes é deixar os jogadores mais talentosos com a bola nos pés dentro de campo. Se não acontecer, temos que buscar alternativas ou nos servir dessa postura para achar os espaços nas costas do adversário - analisou.

Mas haverá pouco tempo para encontrar alternativas e trabalhar com elas. A delegação já embarca nesta segunda-feira para Buenos Aires, onde enfrentará o River Plate (ARG) na terça pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. O Fluminense precisa vencer para avançar às oitavas de final sem depender de outros resultados. Caso não aconteça, torce por um tropeço do Junior Barranquilla (COL).

A derrota na final do Campeonato Carioca aumenta a pressão sobre um time que peca pela falta de experiência em alguns momentos e pelos erros frequentes na maratona de decisões que precisa enfrentar já no início da temporada. Há espaço para evolução, mas reconhecer as dificuldades o quanto antes é essencial para se manter vivo nos objetivos do ano.