Loucos da Cabeça

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Insistência em Jr. Dutra e Everaldo no banco: fatores da demissão no Flu

Sentimento interno é de que treinador Marcelo Oliveira poderia ter sido demitido antes; tensão política só aumenta nos últimos dias da temporada

Júnior Dutra foi visto como um problema na reta final do Flu (Foto: Magalhaes Jr / Photopress)
Escrito por

Se o momento do Fluminense dentro de campo é de declínio e preocupação com a chance de queda para a Série B do ano que vem, o cenário nos bastidores é ainda mais caótico e conturbado. Insatisfação com Marcelo Oliveira, tentativas para quitar salários, instabilidade política e protestos constantes da torcida marcam a reta final da temporada do Tricolor.

Com os maus resultados, o treinador não resistiu e foi demitido na manhã de quinta-feira. O cenário é parecido com 2013, ano em que o Flu se salvou do rebaixamento por punição à Portuguesa por erro na escalação. Naquele momento, Luxemburgo estava em declínio, mas Peter Siemsen preferiu mantê-lo, o demitindo quando a situação já era quase irreversível.

A sensação para muitos internamente é de que, assim como com a gestão anterior poderia ter feito, Abad deveria ter tirado Marcelo há mais tempo. Pessoas de dentro do clube afirmam que o treinador já havia perdido o vestiário e criou um clima ruim com os jogadores e a diretoria por suas decisões.

O elenco não gostou de ver Marcelo Oliveira dar poucas oportunidades para atletas da base, como Daniel e Matheus Alessandro, além da insistência em Júnior Dutra, que não rendeu bem em nenhuma partida que participou. O camisa 11 também era motivo de questionamento interno, que incluía ainda a promoção de Cabezas como alguém que quase nunca ia para o banco para titular.

O estopim para a demissão do técnico foi a decisão por deixar Everaldo no banco na Sul-Americana. O atacante é um jogador querido por todos e visto como um dos que mais estava rendendo no time.

Tensão fora de campo

Na última quinta-feira, o Conselho Deliberativo do Flu se reuniu para discutir o planejamento do futebol para 2019. Alguns torcedores protestaram do lado de fora pedindo a renúncia do presidente Pedro Abad, que não compareceu às Laranjeiras, assim como a Flusócio e os Esportes Olímpicos, seus grupos de apoio. A situação vê o movimento como incentivado pela oposição, criticando o fato de haver inclusive um carro de som.

Além disso, o grupo citado afirma que a data marcada para a reunião foi de forma proposital, já que o Fluminense foi eliminado da Sul-Americana pelo Atlético-PR no dia anterior. A diretoria atual trabalha para quitar as pendências com o elenco até o final do ano e, antes da semifinal da Sul-Americana, finalizou a dívida da CLT, restando quatro meses de direitos de imagem.

A oposição entendeu que o momento não era o melhor para se planejar o próximo ano, principalmente considerado que o Flu ainda não sabe se jogará na primeira ou na segunda divisão. Sobre o processo de impeachment ou uma renúncia, o grupo ainda vê a saída do atual mandatário como muito difícil.