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Fluminense bate recorde de arrecadação com novo plano de sócios

Gerente de Marketing e Comunicação do Fluminense explicou ao LANCE! impacto do programa de sócios-torcedores no clube

Fluminense tem mais de 52 mil sócios-torcedores atualmente (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)
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O bom momento do Fluminense não se restringe às quatro linhas. Após ter lançado os novos planos de sócios, o Tricolor ultrapassou a marca de 50 mil integrantes e hoje é o 9° clube com mais associados no Brasil. Além da adesão ao programa, a torcida também passou a ocupar mais o Maracanã e tem participado ativamente do financiamento do futebol. Em junho, a instituição atingiu um recorde histórico de arrecadação com a iniciativa, de R$4,7 milhões. 

Para fins de comparação, o Tricolor levantou R$8,7 milhões em todo o ano de 2021. Nesta época, o clube sofreu uma queda de 17% nas adesões ao sócio-torcedor. Em 2020, foram R$10,5 milhões. Em 2022, o clube ampliou as opções e adotou novas estratégias. O gerente de Marketing e Comunicação do Fluminense, Caio Araújo, contou ao L! como aconteceu o redirecionamento do programa. 

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- A gente já vinha há cinco anos com os mesmos valores e mesmos nomes nos planos. A gente entendeu que o torcedor tinha certa dificuldade de entender os benefícios e as formas de se associar. Dessa vez, os nomes já deixam claro qual é o benefício, a exemplo do "Arquiba 100%". Hoje o torcedor do Fluminense entende não só da importância de ser sócio, mas o que fazer para ser e o que ele ganha com isso. A forma de comunicar melhorou e está ajudando - disse. 

Além da entrega do produto, os benefícios não se limitam mais aos descontos em ingressos. O Fluminense adotou uma estratégia de ocupação do Maracanã, oferecendo eventos em todos os setores do estádio e pontos que podem ser trocados por match days.

- Temos divulgado nos nossos jogos a presença de sócios dentro da partida, inclusive no telão. A participação de sócios no público vem crescendo. Outra coisa que ajudou é a nova estratégia de ocupação do espaço do estádio, que está melhor definida. Nos últimos cinco jogos, o Fluminense promoveu eventos na Leste, no Maracanã Mais e na Sul. Assim, a gente consegue entregar mais de 90 minutos de entretenimento. Estamos tentando estender para duas horas e meia, três horas.  

Tricolores no match day (Foto: Marina Garcia/Fluminense FC)

Os benefícios concedidos aos sócios também ultrapassam as fronteiras do estádio. Com os novos planos, os tricolores podem participar de sorteios, enviar perguntas para coletivas e garantem descontos em eventos oficiais do Fluminense. Assim, o público dos jogos em casa vem crescendo a cada rodada. 

- O Paulo Angioni é um facilitador. Ele ajuda muito nas entregas para os sócios, que são experiências de visitar o CT, mandar perguntas para as coletivas... Não é só ingresso e estádio. O programa do sócio-futebol é uma ferramenta para aumentar o engajamento do torcedor com o clube de coração. Como todo programa de relacionamento, temos um programa para cada tipo de cliente - contou Caio. 

Recentemente, a despedida de Fred ajudou a impulsionar a adesão de torcedores ao programa. Contudo, Caio Araújo afirma que, ainda que o evento tenha ajudado, o crescimento já vinha ocorrendo antes e segue mesmo depois da aposentadoria do ídolo.

- Quando a gente abriu a venda de ingressos para essa partida, a gente já estava com 46 mil sócios, quase 47 mil. Quando lançamos os novos planos, tínhamos 37.344 associados. Então crescemos 10 mil sócios até a despedida do Fred, e na ocasião subimos 5 mil. Ele se despediu no sábado, o ingresso esgotou em poucos dias, e o contador só cresceu de lá para cá. Atingimos 50 mil sócios na madrugada do dia 8 de julho, quando não tinha mais ingressos. Agora estamos com 52 mil. É mais uma questão da empolgação do torcedor com o Fluminense, de ver que ele tem muitas opções de planos e que é mais fácil se enquadrar em algum deles do que na versão anterior. E temos uma estratégia bem definida para manter esses novos associados.

Para elaborar os novos planos, o Fluminense ouviu mais de 12 mil torcedores em pesquisas qualitativas e quantitativas. Entre as principais demandas, o clube detectou a necessidade de uma modalidade off-Rio, que foi implementada e já tem dado resultados.

- Percebemos, nas pesquisas, que essas pessoas não se sentiam vistas pelo Fluminense. Então criamos um plano para esses torcedores chamarem de seu. Até se chama "Em toda a Terra", em alusão à música e ao evento que fazemos em alguns jogos fora de casa. Foi um trajeto interessante de comunicação, a gente desenvolveu um produto que o off-Rio vê que foi feito para ele. 

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Os tricolores que residem fora do Rio de Janeiro também têm benefícios próprios. A ideia é que os associados tenham uma carga prioritária quando o Flu jogar em outros estados, a exemplo da partida contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil. 

- Na decisão contra o Cruzeiro, disponibilizamos na plataforma uma quantidade de ingressos para sócios em um geral e também fizemos um resgate exclusivo para associados de Minas Gerais. É uma comodidade fantástica, não é todo clube que faz isso. Com isso a gente vai mostrando que vale a pena ser sócio nessa modalidade.

Embora a iniciativa já seja conhecida dos tricolores desde 2017, ainda há uma dúvida comum: para onde vai o dinheiro dos sócios-torcedores? De acordo com o Fluminense, toda a receita arrecadada é revertida para o departamento de futebol.

- 100% para o futebol. É uma dúvida recorrente, mas o torcedor pode ter certeza que todo o seu investimento vai para o futebol. A receita alcança desde a contratação de jogadores e pagamento de salários, como também compreende os custos operacionais e de infraestrutura. Também utilizamos o dinheiro para pagar fornecedores no Maracanã, que garantem as condições do estádio tanto para o time como para o torcedor - finalizou.