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Derrota do Fluminense e atuação de Ganso indicam problemas e alternativas para Fernando Diniz

Novo técnico do Fluminense conta com boa fase de Ganso, mas problemas nas laterais e ataque; camisa 10 e Diniz já tiveram boa experiência no clube

Fluminense perdeu para o Coritiba por 3 a 2, pela quarta rodada do Brasileirão (Du Caneppele/Ofotografico)
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A quarta rodada do Fluminense não acabou como o esperado. Após dois gols de Ganso em um primeiro tempo dominado pelo time, o Tricolor se desorganizou e sofreu a derrota para o Coritiba, de virada, por 3 a 2. No último jogo antes do começo do trabalho de Fernando Diniz, anunciado como novo técnico no último sábado, os pontos perdidos mostram os problemas imediatos que o comandante terá que resolver. Por outro lado, também é possível destacar que o treinador pode contar com alguns pontos fortes da equipe, como pontuou Marcão após a partida. 

O Flu controlava a partida quando, em um ataque do Coxa, André, que já estava "amarelado", acertou o rosto de Léo Gamalho e foi expulso depois que o árbitro Raphael Klaus verificou o VAR e assinalou o pênalti. O próprio Gamalho converteu, e abriu a porta para o segundo tempo dominado pelo time da casa. Embora a falta do camisa 7 tenha sido grave, os erros dentro da área não são de hoje. Na última temporada, o Tricolor bateu o próprio recorde de pênaltis no século, com 19. Em 2022, Yago Felipe também cometeu um na partida contra o Millonarios, pela Libertadores.

Outra dificuldade no setor defensivo da equipe é na parte das transições. No jogo contra o Coritiba, a zaga teve os desfalques de Felipe Melo, Manoel e David Braz. Ainda assim, os defensores têm dificuldades na reorganização da linha defensiva. Além da lentidão, há problemas na marcação, em especial pelos lados. Nas laterais, a titularidade está em aberto, visto que nenhum jogador teve desempenho satisfatório até agora. Embora Cris Silva já tenha marcado um gol e Marlon tenha dado uma assistência, os atletas ainda não conseguiram ter regularidade, assim como Pineida, Calegari e Samuel Xavier.

No setor ofensivo também não existe um consenso. Germán Cano talvez seja uma das poucas exceções. O argentino começou bem a temporada e, mesmo sem fazer gols há três jogos, passa mais confiança que Fred, que retornou de uma lesão e só marcou um gol até agora. Apesar do início de temporada em alta, Luiz Henrique caiu de produção após o anúncio de sua saída do Flu e vem sofrendo críticas. Caio Paulista voltou a jogar, mas não apresenta o mesmo ritmo do seu auge em 2021. Willian, por sua vez, já contribuiu com gols e assistência, mas não é muito participativo. Na disputa pela ponta esquerda, Arias é mais um destaque, mas está fora por enquanto. 

Contudo, o início do trabalho de Diniz não terá apenas problemas. Em boa fase, PH Ganso vem conquistando espaço no time principal e, se considerado o estilo de jogo do técnico, tende a ficar nas escalações. O camisa 10 marcou os gols do Fluminense contra o Coritiba e tem se mostrado peça fundamental para a criação. Além disso, o meia já deu duas assistências nesta temporada e foi utilizado por Diniz durante sua primeira passagem pelo clube, que o fez recuperar o desempenho ao colocá-lo mais para a frente do campo. 

- É um grande jogador. Em algum momento, tem a leitura tática absurda do jogo. A gente falou mais ou menos onde teria o espaço na equipe do Coritiba, e ele tava ali, onde fez os gols. Pisou na área, fez gol de cabeça. É o Paulo que a gente quer ver, que controla o jogo, que pisa na área, que comanda o jogo. Tenho certeza que o Fernando conhece ele também, vai entregar tudo para ajudar - disse Marcão, após a quarta rodada do Brasileirão.

Nesta segunda-feira, Fernando Diniz fará seu primeiro treino à frente do Fluminense. O técnico terá pela frente o jogo que pode decidir a permanência do Tricolor na Sul-Americana, acompanhado pelo trauma recente da eliminação da Libertadores. Porém, ainda que o comandante tenha desafios até a quarta-feira, e depois da decisão, há lições importantes a serem aprendidas do duelo contra o Coritiba.