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Contas 2016: Peter e Fluminense se encontram na Justiça nesta segunda

Ex-presidente e clube têm audiência após liminar de novembro de 2019 que suspendeu reunião do Deliberativo que votaria reabertura ou não das contas do último ano de gestão

Peter Siemsen foi presidente do Fluminense entre 2011 e 2016 (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
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Fluminense e o ex-presidente Peter Siemsen se encontram nesta segunda-feira. Às 14h50, na 22ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, está programada para acontecer uma audiência de conciliação entre as partes em processo do ex-mandatário tricolor contra o clube, pela tentativa de reabertura ou não, via Conselho Deliberativo do Flu, para reabrir as contas de 2016, último ano da gestão de Peter (que assumiu a presidência em 2011).

Em novembro do ano passado, Fernando César Leite, então presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense, convocou reunião extraordinária para uma votação pela reabertura – ou não – das contas de 2016, oriundas da gestão de Peter. Por ter sido notificado apenas 72 horas antes da realização da reunião, sem tempo de defesa, o ex-presidente do Tricolor entrou na Justiça e conseguiu liminar suspendendo a mesma - a decisão foi proferida, na época, pela juíza Anna Eliza Duarte Diab Jorge.

O LANCE! teve acesso a detalhes do caso. Em sua inicial, Peter afirmou que "durante seis anos, as contas como gestor do Fluminense foram todas regularmente apreciadas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo, órgão competente para tal, nos termos do Estatuto, inclusive as do seu último ano como presidente, ou seja, 2016". Mas "com o imbróglio político que vive o clube, sempre se tenta encontrar “culpados” pela situação das finanças do Fluminense, o que volta e meia deságua na discussão sobre a possibilidade de reabrir as contas de 2016". No fim dos trâmites, o superávit de R$ 8 milhões acabou revisado em déficit de R$ 13 milhões.

Vale destacar que não é a primeira vez que a regularidade da prestação de contas de 2016 do Fluminense parou no Judiciário. Em 2018, uma ação foi ajuizada, cujo objetivo era anular a assembleia que aprovou as contas do último ano da gestão Peter. Em setembro de 2019, o juiz Leonardo de Castro Gomes, da 35ª Vara Cível do TJRJ, julgou improcedentes os pedidos. O caso subiu para a segunda instância e aguarda julgamento do desembargador relator Henrique Carlos de Andrade Figueira, da 5ª Câmara Cível do TJRJ. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em 2017, também não encontrou regularidades e arquivou inquérito civil instaurado.

A votação das contas, em 2017, foi marcada por polêmica - realizada visualmente e não pela contagem nominal dos votos, o que é questão tratada judicialmente até hoje. Pela maioria constatada, os números foram aprovados. Em 2018, porém, devido a erros contábeis, as contas foram refeitas. Uma nova reunião após a mudança chegou a ser realizada, mas foi paralisada por conta de agressões entre os conselheiros no local. Caso as contas de 2016 sejam reprovadas, há a possibilidade de Peter ser responsabilizado pelos prejuízos apurados. A expectativa, porém, é que a Justiça mantenha a decisão liminar, transformando-a em definitiva.