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Na busca pelo sonho, Nenê quer ‘marcar o nome na história do Flu’

Aos 38 anos, meia afirma que a conquista da Copa Sul-Americana é crucial para o clube e para o elenco, vibra por casa cheia e quer ser um espelho para os mais jovens

Nenê foi um dos destaques do Fluminense no primeiro jogo contra o Corinthians  (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
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Grandes jogos são vencidos por grandes jogadores e nesta quinta-feira apenas a vitória interessa ao Fluminense, diante do Corinthians, no Maracanã, em partida que vale vaga na semifinal da Copa Sul-Americana. Portanto, o Tricolor vai precisar muito de Nenê, confirmado como titular. Aos 38 anos, o experiente meia está acostumados a decisões e mesmo em fim de carreira afirmou ainda ter sonhos no futebol e conquistar a competição é um deles.

- Meu sonho era ser jogador de futebol profissional, não importava onde. Essa minha ida para a Europa novo me ajudou bastante, porque no Brasil é muito desgastante. Nem sempre a estrutura é a ideal também. Nunca machuquei de operar nada. A carcacinha é boa, sempre me cuidei. É um somatório de coisas. Ainda tenho sonhos a realizar e conquistar essa Copa é um deles - disse.

A partida para o Fluminense está sendo encarada como o "jogo do ano", tanto que a torcida comprou a ideia, adquirindo mais de 45 mil ingressos. Nenê ressaltou a importância do Maracanã estar lotado para que o Tricolor consiga a classificação. No entanto, fez questão de frear a empolgação sobre qualquer tipo de favoritismo.

- Nossa torcida é muito importante. Vamos fazer o nosso jogo, buscar o gol a todo momento, mas com cuidado no contra-ataque. Taticamente, o Corinthians é muito forte. Temos que neutralizar nessa parte. Temos que dar a vida dentro de campo. Podemos fazer um grande feito, conquistar essa Copa e poder marcar o nome na história do Fluminense - afirmou.

Mais uma vez, Nenê vai ser escalado ao lado de Ganso, situação que aconteceu pela primeira vez, desde o início, justamente no empate da semana passada com o Corinthians. O meia admitiu que teve que mudar o posicionamento, mas se sente confortável e feliz ao lado do companheiro.

- Mudou um pouco só a minha posição. Ele é um cara muito inteligente, é um jogador extraordinário. É um prazer jogar com ele. Muita gente falou sobre isso e demonstramos que podemos jogar juntos sim, assim como não tem relação com a minha idade. Estamos focados, queremos ajudar o time. Em cada jogo e gente vai se entrosar mais e jogar do lado dele fica fácil. Para mim, fica bom - comentou.

Fluminense e Corinthians se enfrentam nesta quinta-feira, às 21h30, no Maracanã, pelo segundo jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana. Na primeira partida, empate em 0 a 0, na Arena Corinthians. O Tricolor se classifica com uma vitória. Em caso de empate com gols e derrota, a equipe paulista avança. Em caso de um novo 0 a 0, a decisão vai para os pênaltis.

TABELA

Veja quem o Fluminense pode enfrentar na semifinal da Copa Sul-Americana

Bate-Bola com Nenê

O que representa essa partida contra o Corinthians para o Fluminense?
- É crucial para o clube. Não só para o clube como para nós, para os torcedores, que estão sofrendo um pouco no Brasileiro. É uma chance de ouro e a gente tem que aproveitar e dar a vida. São mais quatro jogos para conquistar um título que o clube nunca conquistou. Além da vaga direta na Libertadores. Entra patrocínio, entra dinheiro. Dá uma tranquilidade para todo mundo trabalhar. É crucial essa Copa para a gente. Temos que fazer isso bem.

Como é ter idade para ser pai de alguns atletas do elenco?

- É uma loucura isso. Só no futebol acontece uma coisa dessas. Falei com o João Pedro, com o Marcos Paulo e com o Miguel, que senta do meu lado no vestiário. "Mano, você tem noção que o meu filho é mais velho que você?". Para mim isso é motivo de orgulho. O grupo é muito unido e tento ajudar nessa parte de passar experiência para eles. É muito louco. Eles têm a idade para serem meus filhos e estamos aí, jogando, em um nível excelente. É uma loucura mas é muito bacana. Espero poder ser um exemplo e ajudá-los no que for preciso.

A escolha pelo número 4 tem alguma explicação?
- O Fábregas é um cara que eu admiro bastante. Tinha a possibilidade de vestir a 12 do Falcão. Mas eu até brinquei com ele que dei uma moral no West Ham (Inglaterra) e ele ficou muito perna e ele ficou p... (rs) é meu amigo, gosto muito dele. Escolhi para ser algo diferente mesmo, nunca usei e tal. Achei bacana. Espero poder render como nas épocas dele de Chelsea e Arsenal. Claro, guardado a devidas proporções, mas que eu possa ajudar fazendo gols, ele não é de fazer muitos, mas tem algo a ver com ele e ao número também.

Você foi o jogador do Fluminense que mais correu no jogo de ida, cerca de 11 quilômetros. Como se explica esse vigor aos 38 anos?
- Fiquei muito feliz com esses dados e me senti muito bem durante o jogo. No primeiro tempo, senti um pouco mais o ritmo, pelo tempo que eu não jogava, mas depois me senti bem. Estava correndo bastante e ainda tive gás. Espero contribuir também nessa parte. A gente vê que a idade não é o problema, é ser profissional, ter determinação de querer fazer as coisas da melhor maneira. Sempre fui muito competitivo, então isso ajudou bastante para chegar na idade que eu estou, graças a Deus, bem.

Eliminar o Corinthians vai ter um gosto de revanche para você por conta da final do Paulista?
- Já foi, já passou, eu só tiro de lição. É um rival como qualquer outro. O gosto especial vai ser por classificar, não por eliminar o Corinthians. Nada além do normal, é um adversário como outro qualquer.