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Análise: Formação confusa e trocas mal sucedidas deixam Fluminense sem criatividade contra Atlético-MG

Marcão aposta em trio de volantes e contém ímpeto atleticano no início. Contudo, além da falta de poderio ofensivo, equipe tricolor se torna vulnerável e perde por 2 a 1 para o Galo

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Por mais que a bronca com a arbitragem tenha influído no emocional dos jogadores, o Fluminense viu as hesitações ao tomar decisões deixarem para trás pontos preciosos para a equipe na reta final do Brasileirão. Além da postura cautelosa não ser suficiente conter o ímpeto do Atlético-MG, o Tricolor das Laranjeiras viu as alterações pouco não tirarem a equipe da mesmice da pouca ofensividade na etapa final. 

Fred teve poucas oportunidades no jogo (Foto: Divulgação/Atlético-MG)

A opção por um meio de campo no qual Wellington era o cabeça de área e André e Yago Felipe povoavam os demais setores teve um começo até bem promissor. Além de uma finalização de longe de André, o trio conseguia dificultar investidas de Jair, Allan e Zaracho. Após os 13 minutos (momento no qual Manoel marcou o gol tricolor), o Galo aumentou sua postura incisiva e esbarrou na afobação ao concluir.

- A gente estava controlando o jogo, independentemente do jogador da posição. Wellington controlou, mais uma vez, muito bem a linha defensiva, deu segurança para os nossos homens da frente. André estava muito bem naquele setor, muito bem no jogo. O Yago da mesma forma. A gente formou um tripé. Independentemente de nome, de pessoa, aqueles que estão jogando estão produzindo bastante, estão nos ajudando - disse Marcão, em entrevista coletiva após o jogo.

Contudo, a produção do Tricolor das Laranjeiras não primava pela criatividade ao partir para o ataque. A aposta era depositar as fichas em cruzamentos para que Fred ou Luiz Henrique tentassem investidas. Além disto, a correria de Caio Paulista pouco agregava.


Justamente pelos lados os tricolores passaram a ter problemas na marcação ao Galo. Sem força para fechar os espaços para Arana, Keno e Allan, o setor defensivo tricolor teve buracos.

Após o Atlético reagir no placar ainda no primeiro tempo (quando o árbitro, com auxílio do VAR, marcou pênalti polêmico e Hulk converteu a cobrança), o ímpeto ofensivo do Tricolor das Laranjeiras perdeu espaço de vez. Longe da mesma qualidade na transição vista no início da partida, a equipe comandada por Marcão mal acionou os atacantes.

O gol sofrido ainda causou problemas no setor defensivo. O lado esquerdo, que vinha se impondo bem, foi sucumbindo. Marlon, responsável pelo cruzamento para o gol de Manoel, abriu brechas para investidas de Mariano e Jair e ficou tímido para avançar.

David Braz, por sua vez, assustou Marcos Felipe com um recuo mal sucedido no qual Diego Costa quase marcou o gol da virada. Aos poucos, o defensor também foi perdendo as jogadas pelo alto. Seu rendimento foi abaixo da média no segundo tempo. 

Mesmo com a equipe pouco ameaçando os atleticanos, Marcão demorou a fazer alterações. Além disto, Cazares e Arias pouco modificaram o panorama do confronto. Já na frente, Bobadilla chegou a dar uma promessa de que aguçaria o ímpeto do Fluminense. Mas pouco fez.

A nova "cartada" de Marcão por recorrer a sangue novo em um confronto de alto nível em nada mudou para o Fluminense. Matheus Martins não trouxe o desafogo desejado para a equipe das Laranjeiras.

Lançado aos 40 minutos, Alexandre Jesus, de 20 anos, entrou em uma batalha inglória. Designado para fazer a função que era de Wellington, se desdobrou diante de experientes como Vargas, Eduardo Sasha e Hulk. É claro que o meio-campista ganhou "casca", mas alçar um jovem da base para um jogo de tamanha dimensão soou para lá de arriscado.

Não adianta o Fluminense almejar uma vaga na Copa Libertadores se continua a tropeçar em erros. E estes erros não se restringem a decisões contestáveis do apito.