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Análise: Fluminense aprende a lição, coloca Flamengo na roda e tira peso dos ombros com título do Carioca

Tricolor foi muito bem no primeiro tempo e soube controlar a vantagem muito melhor do que havia feito na Libertadores e na semifinal

Cano fez a festa com a torcida do Fluminense após o título do Carioca (Foto: Leonardo Brasil/Fluminense FC)
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Nem o 2 a 0 no placar depois da primeira partida fez o torcedor do Fluminense ficar mais tranquilo com o duelo de volta contra o Flamengo, pela final do Campeonato Carioca. Se contra Olimpia (PAR) e Botafogo o cenário foi extremamente preocupante, no jogo que sacramentou o título depois de dez anos com certeza provou que ainda há muito o que se extrair desse elenco. Seguro, sem se abster de jogar e valente, o Tricolor fica merecidamente com a 32ª taça de sua história.

Se nas duas eliminatórias anteriores o time abriu mão de jogar, desta vez a postura foi oposta. Mesmo diante do adversário mais forte entre os três, o Flu imprimiu um bom ritmo e soube anular as qualidades do Flamengo na maior parte do tempo. O momento em que isso não aconteceu foi justamente quando a qualidade individual de Arrascaeta falou mais alto, culminando no gol de Gabriel Barbosa.

Apesar de certa pressão do adversário, o Fluminense parecia a todo momento que tinha tudo controlado. Diante de um Fla inoperante e perdido dentro de suas próprias deficiências, sobrou um Flu seguro.

São tantos jogadores com méritos que fica difícil não citar todos. A começar por Fábio, essencial nas duas partidas e que se consolida como primeira opção no gol apesar de Marcos Felipe ter ido muito bem. Na zaga, David Braz foi soberano contra o Flamengo que mal conseguia infiltrar. André novamente mostrou toda experiência de um garoto que tem 20 anos, mas parece ter pelo menos dez a mais. No ataque, Germán Cano decidiu novamente. Mas um dos grandes nomes desse time campeão é Paulo Henrique Ganso.

O camisa 10 mostra como Abel estava equivocado desde o início do ano ao optar por não atuar com um meia de origem e sacrificar ora Yago Felipe, ora Martinelli. Ganso foi maestro para o Fluminense. Achou passes certeiros, se infiltrou nos espaços e mostrou toda qualidade que a torcida espera dele enquanto esteve em campo. Foi quem fez a roda do Flu girar perfeitamente e manteve a sincronia de tudo.

Em um caminho de instabilidade e desconfiança, o Fluminense mostrou que não pode ser desacreditado. E não dá mais para dizer que o time aprendeu a jogar contra um Flamengo com mais alto investimento porque não se resume apenas ao rival. A verdade é que o Flu está pronto para atuar com qualquer equipe mais forte. Basta apresentar o mesmo espírito, organização e foco que teve neste sábado. Não que seja uma missão complicada, mas fica como lição para o restante de uma longa temporada.

Agora, fica ao Fluminense a missão de mostrar que não é apenas em finais que se pode dar tudo. Com um 2022 lotado de competições e uma ambição de conquistar mais títulos e posições altas nos torneios, o Tricolor já vira a chave a partir desta segunda-feira para o início na Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira, contra o Oriente Petrolero (BOL), e no sábado pelo Campeonato Brasileiro diante do Santos.