Loucos da Cabeça

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Abel Braga critica criação baixa do Fluminense e fala sobre deixar cargo: ‘O que eu quero é ser feliz’

Treinador avaliou as atuações ruins da equipe, falou sobre desgaste e da parte mental após o empate por 0 a 0 com o Santa Fe no Maracanã

Abel Braga, durante o empate do Fluminense no Maracanã (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Escrito por

O Fluminense voltou a jogar mal e ficou apenas no empate por 0 a 0 com o Unión Santa Fe (ARG), nesta terça-feira, no Maracanã, pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. Após a partida, o técnico Abel Braga afirmou que não vê evolução no rendimento da equipe e criticou a baixa criação de jogadas. O Tricolor teve apenas dois chutes em direção ao gol. Sobre entregar o cargo, o veterano preferiu jogar para a diretoria e afirmou querer apenas "ser feliz". Ele foi novamente xingado pelos tricolores nas arquibancadas do estádio.

- Não cria, evoluiu hoje a parte de trás, que vinha sofrendo gols. Era raro antes. Hoje não sofreu. Os jogadores tentaram. Não vamos colocar a culpa no pênalti que não entrou, porque teve uma oportunidade clara com o Marlon no primeiro tempo e depois outra com o Cano. É muito pouco. Agora é dentro do vestiário. Isso (sobre deixar o cargo) tem que perguntar para o presidente. Estou em um clube que eu amo, adoro. Se eu não me sentir feliz... não estou mais querendo me conhecer, não preciso disso. Já conheço muito a vida. O que eu quero mais nesse momento é ser feliz - afirmou o treinador.

Veja a tabela da Sul-Americana

Abel também falou sobre a parte mental dos jogadores e as atuações ruins. O resultado é péssimo para o Fluminense. O outro jogo do grupo será apenas na quinta-feira, mas o Flu permanece na terceira posição, com quatro pontos. O Santa Fe vai para a liderança, com cinco, e o Junior fica com quatro, mas ainda entra em campo.

- O jogador quer caprichar e fazer o gol. Em alguns momentos nós podíamos ter uma movimentação mais agressiva, com mais profundidade. Estamos esperando um ou dois jogadores que nós temos melhorarem um pouco o estado emocional. De repente voltar a ser o Fluminense que agradou todo mundo. No Carioca o Flu só não fez o jogo com o Bangu e o segundo com o Botafogo bons. Os jogadores têm consciência disso. Vamos continuar no dia a dia melhorando, buscando soluções. Temos que buscar, tem que ser a minha parte, se não vou ficar frustrado - disse.

- O mental, depois que acabou a decisão do Carioca, em que fomos bem, tivemos uma série sem repouso e de jogos decisivos. As coisas não correram dentro do que se esperava. Você além do desgaste físico tem o mental. Todos os clubes estão passando por isso, usando reservas. Às vezes dá certo, outras não. Isso não é uma competição qualquer. Não fomos felizes no grupo, que é forte. Foi um jogo muito pegado, eles imprimiram um ritmo forte, tentamos também. Vamos ver no próximo jogo o que vamos fazer - completou.

Desde o fim do Campeonato Carioca, quando o Fluminense foi muito bem contra o Flamengo, o time caiu drasticamente de rendimento e venceu apenas duas vezes. Abel tentou dar um diagnóstico sobre o que vem ocorrendo e explicar os problemas constantes mostrados nas últimas partidas. No próximo domingo, o Fluminense volta a campo para enfrentar o Coritiba, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro, às 16h. O time joga novamente pela competição continental na quarta, às 21h30, quando recebe o Junior Barranquilla (COL).

- O que eu acho que está acontecendo é que nós não estamos criando bem. Mas o Ganso todo mundo falava e entrou bem. Hoje por acaso entrou o Nathan e achei muito melhor do que os treinamentos que ele tem feito. Fiquei muito satisfeito. Perdemos o Felipe, tentamos nos ajeitar com o Manoel. Ele sentiu e agora estamos com o Luccas Claro. Vamos continuar. Uma coisa que o Fábio colocou é que em momento nenhum, mesmo não jogando bem, como hoje, não está faltando luta e entrega. Sabemos o sentimento do torcedor. Eu fui de arquibancada, preciso entender perfeitamente o que eles querem. Mas nós também queremos. Não estamos ali brincando. Amanhã vamos trabalhar. A razão de ser disso tudo é o torcedor. Eles são a coisa mais importante do grande clube. Vamos tentar melhorar jogo a jogo, voltar a jogar bem, a ter alegria. Não sei, talvez uma vitória domingo possa acontecer isso - finalizou.

* Estagiária sob supervisão de Luiza Sá