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Em versão parecida com 2019, Flamengo recupera confiança, mas gol sofrido acende sinal de alerta

Em alta intensidade, Rubro-Negro relembrou os bons tempos com Jorge Jesus e voltou a vencer após quatro partidas. Por outro lado, gol do Coritiba escancara problema antigo

Flamengo enfrenta o Racing na terça-feira pela Libertadores (Foto: Divulgação/Flamengo)
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A partida desse sábado foi em novembro de 2020, mas pode ter feito alguns torcedores do Flamengo entrarem no túnel do tempo e se sentirem em novembro de 2019. Diante de um frágil Coritiba, o Rubro-Negro se impôs, dominou o jogo inteiro e poderia ter aplicado uma goleada histórica, se caprichasse mais na pontaria.

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Após quatro tropeços consecutivos, a vitória e a boa atuação recuperam a confiança da equipe e demonstram uma evolução antes da partida decisiva pela Libertadores contra o Racing, abrindo as oitavas de final, em solo argentino, na terça-feira. O gol sofrido no último lance, no entanto, acende o sinal de alerta antes do confronto em mata-mata: o Rubro-Negro não foi vazado em apenas um dos últimos 14 jogos.

PRESSÃO ALTA, INTENSIDADE E FESTIVAL DE CHANCES

Diante do 18º colocado, o Flamengo entrou em campo pressionado pela vitória e fez por merecê-la. A equipe rubro-negra aproveitou as fragilidades do Coritiba e protagonizou um verdadeiro atropelo no Maracanã. No total, foram 23 finalizações e pelo menos 10 grandes chances de gol criadas. Isso tudo com características que fizeram lembrar a equipe multicampeã em 2019.

Em primeiro lugar, a escalação e o posicionamento ofensivo. Com exceção de Gabigol, que se recupera de lesão na coxa, Rogério Ceni repetiu a formação mais usada por Jorge Jesus do meio para frente: Gerson e Arão no meio, Everton Ribeiro pela direita, Arrascaeta pela esquerda, e Bruno Henrique e Vitinho na referência do ataque. 

E não parou por aí. O Flamengo reproduziu vários elementos de jogo que ficaram marcados durante a passagem de Jesus: alta intensidade, pressão no campo do adversário, transições rápidas e muita movimentação durante a construção de jogadas.

O resultado foi uma avalanche de chances criadas das mais variadas formas: pelos lados e pelo centro; no jogo aéreo e pelo chão; em contra-ataques; em trocas pacientes de passes. O placar só não foi mais elástico porque os jogadores pecaram na finalização das jogadas. 

Sem dúvidas, é preciso levar em consideração a vulnerabilidade do Coxa, que venceu apenas um dos últimos seis jogos. Mesmo assim, a atuação coletiva consistente - como há muito tempo não se via - e o bom desempenho individual dos jogadores demonstram que o elenco rubro-negro se recuperou da má fase recente e está forte na briga pelo título do Brasileirão.

Arrascaeta foi o melhor em campo na vitória do Flamengo contra o Coritiba (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

DESCONCENTRAÇÃO E GOL SOFRIDO NO FIM

No entanto, um problema que atormenta o time nos últimos meses segue sem solução. Com toda a superioridade e o controle de jogo, o Flamengo até chegou perto, mas novamente não conseguiu terminar o jogo sem sofrer gol. No apagar das luzes, em um momento de descontração, a linha defensiva falhou no posicionamento e Mattheus Oliveira descontou para os visitantes.

De fato, os números assustam para uma equipe que briga pelo título. Este foi o 31º gol sofrido pelo Rubro-Negro no Brasileirão, que o deixa com a terceira pior defesa. Apenas Bahia e Goiás sofreram mais (34 cada). Nas 22 rodadas até o momento, o Flamengo não foi vazado em apenas três: contra o próprio Coritiba no primeiro turno (1 a 0), contra o Santos (1 a 0) e contra o Sport (3 a 0).

Há quatro jogos no comando da equipe, Rogério Ceni ainda busca a primeira partida sem sofrer gols. Em entrevista coletiva neste sábado, o treinador destacou a evolução defensiva em relação às últimas partidas, mas ressaltou a importância de não ser vazado - principalmente nas vésperas dos confrontos contra o Racing, pelas oitavas de final da Libertadores.

- Talvez o zero fosse mais valorizado do que os três feitos. Poderíamos ter feito mais gols, criamos muitas chances, mas seria importante (não sofrer gol). Jogamos os 90 e não jogamos os acréscimos onde não tivemos atenção. Foi a única chance clara do Coritiba. Então, foi uma evolução - afirmou.

* estagiário sob a supervisão de Victor Mendes