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Rueda completa um mês no Flamengo: progressos conquistados e desafios a serem superados

Treinador melhorou consideravelmente o setor defensivo, mas é preciso buscar o equilíbrio entre os setores. Everton Ribeiro na reserva ainda incomoda<br>

(Paulo Victor Ries)
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Reinaldo Rueda completou nesta quinta-feira um mês de trabalho à frente do elenco do Flamengo. O substituto de Zé Ricardo conseguiu classificar o time para a final da Copa do Brasil, parece ter aberto mão do Campeonato Brasileiro e vê na Sul-Americana uma incógnita após o empate sem gols com a Chapecoense. Nem muito por conta do empate fora de casa, mas sim pelo mau desempenho do time.

O LANCE! decidiu analisar os pontos positivos e negativos do trabalho do colombiano. Progressos podem ser notados com facilidade. Mas é preciso evoluir em várias questões.

DEFESA MAIS SÓLIDA

Alvo de muitas críticas durante o período de Zé Ricardo, a defesa do Flamengo parece ter encontrado seu caminho com Rueda. Na visão do blogueiro e colunista do LANCE! Eduardo Tironi, a melhora só não foi mais sentida porque os goleiros atrapalharam na Copa do Brasil e na Primeira Liga. Thiago falhou no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, no primeiro caso. Já Alex Muralha teve fraco desempenho na eliminação para o Paraná.

- Pelo menos nas primeiras partidas, o time foi bem melhor defensivamente, com exceção da questão do goleiro, que neste caso não é um problema do treinador e sim do elenco - disse Rueda.

Acompanhando a rotina de treinos do elenco, o setorista do Flamengo Paulo Victor Reis aponta a questão dos laterais como fundamental.

- Creio que a defesa do Flamengo melhorou com a chegada do Rueda. Todos os jogadores, não só os defensores, estão responsáveis pela marcação. Os laterais têm papel importante neste aspecto, tanto é que o Trauco, que deixa muito espaço, não tem vez com o treinador - analisou o repórter.

MENOS PERIGO

A melhora da defesa, porém, parece ter criado mais dificuldades para a criação de jogadas. O Flamengo parece ter se tornado um time menos perigoso.

- O time parece mais tímido na hora de atacar. Rueda ainda está no início do trabalho, mas o Flamengo não vem criando muitas chances claras de gol. Guerrero vem sendo um mero soldado lutando por todas as bolas, mas sem fazer gols. É preciso encontrar um equilíbrio entre marcar mais e não deixar de oferecer perigo - disse Paulo Victor.

Na visão de Tironi, os jogadores também precisam mostrar mais interesse.

- Acho que o Flamengo virou um time mais vertical nos seus melhores momentos. Deixou de trocar passes inúteis para fazer um jogo de passes mais agudos e velozes. Porém, vejo que nos últimos jogos o time voltou a um estágio de indiferença com relação ao jogo que é preocupante. O time parece lutar menos em campo e se satisfazer com pouco. Foi assim contra a Chapecoense e diante do Botafogo, mesmo neste último caso com a escalação modificada - disse Tironi.

E O EVERTON RIBEIRO?

Na visão dos especialistas, o treinador também precisa encontrar uma forma de Diego e Everton Ribeiro atuarem juntos.

- Ver Everton Ribeiro no banco em algumas ocasiões é estranho, tendo em vista que foi a maior contratação do clube na temporada - disse Paulo Victor.

Eduardo Tironi vê os dois meias com estilos que se complementam.

- Acho que o principal problema dele neste começo é entender que Diego e Everton Ribeiro não possam mais jogar juntos. Eles são jogadores quase que complementarem na minha opinião - afirmou Tironi.

O FUTURO

Reinaldo Rueda, mesmo apresentando melhoras, sabe que o futuro na Copa do Brasil, no Campeonato Brasileiro e na Sul-Americana vão ditar o ritmo de seu "entrosamento" com a torcida.

- Com apenas uma derrota e dois gols sofridos em oito jogos, fica difícil dizer que o início de Rueda no Flamengo deixa a desejar. Mesmo com bons números, as últimas atuações do time mostram que o colombiano tem muito trabalho pela frente. O técnico conquistou pontos com a torcida, era o favorito da grande maioria, mas precisa fazer mais. Sacar os perseguidos do time (como Marcio Araújo e Muralha) não será suficiente se o Flamengo não corresponder. Caso perca o título da Copa do Brasil, a situação pode se complicar e a blindagem acabar - analisou Leonardo Martins, editor do LANCE!