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Resultados, decisões e reforços: entenda o crescente desgaste entre Ceni e a diretoria do Flamengo

Comportamento introvertido, performance da equipe e distanciamento no Ninho aumentam pressão interna sobre Ceni, que se vê sem o respaldo da diretoria<br>

Rogério Ceni vive dias de pressão no Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
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Os maus resultados recentes são apenas um entre os vários fatores que causam desgaste na relação entre Rogério Ceni e a diretoria do Flamengo. Desde que chegou ao clube, em novembro de 2020, o treinador não criou um vínculo próximo com os dirigentes e vive agora um dos momentos de maior pressão interna.

Um dos principais motivos do distanciamento é justamente o comportamento mais introspectivo e fechado de Rogério Ceni. No dia a dia do Ninho do Urubu, por exemplo, o treinador consegue se abrir apenas com os integrantes da comissão técnica e poucos funcionários do clube. Nem mesmo o título do Brasileirão em fevereiro foi capaz de aproximar as partes efetivamente.

De acordo com reportagem do site "ge", essa postura mais defensiva de Ceni pode ser causada pelo o que ele considera falta de respaldo da diretoria. O silêncio dos dirigentes, por exemplo, diante dos questionamentos externos é outro fator que não deixa o treinador confortável. Nos casos recentes de reclamações públicas de jogadores substituídos, não houve nenhuma reação dos cartolas rubro-negros.

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Outro cenário que desgastou a relação no último mês entre as partes foi a ausência de contratações. Diante dos desfalques da Copa América e da saída de Gerson, Ceni pediu reforços mais de uma vez e chegou a apresentar alternativas no mercado doméstico, mas não foi atendido. A diretoria justificou a dificuldade pela falta de orçamento e pediu paciência ao treinador.

Ceni e Braz no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Pelo outro lado, uma ala da diretoria também tem questionamentos ao trabalho de Ceni. A dificuldade de leitura de jogo durante as partidas e determinadas escolhas de substituições são as principais críticas direcionadas ao treinador. A insistência com jogadores mais badalados é considerada maior do que a habitual e também gera incômodo.

Episódios recentes tornaram ainda maior o desgaste. Um exemplo foi o convite a Márcio Torres para se tornar auxiliar permanente no profissional, enquanto uma ala da diretoria debatia o nome de Maurício Souza. Outro caso foi a convocação de Ramon para o Fla-Flu do último domingo. O jovem estava com o time sub-20 em Goiânia, foi chamado às pressas por Ceni e chegou a correr risco de ficar fora até mesmo no banco de reservas por opção.

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A proximidade de partidas importantes e a falta de convicção sobre o possível substituto dão uma sobrevida a Rogério Ceni. Diante desse cenário de pressão, o Flamengo enfrenta o Atlético-MG nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília), no Mineirão, em um duelo que pode ser vital para os próximos capítulos da relação Ceni-Flamengo.