Flapress

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Muralha abre o jogo após críticas: ‘Estou sendo massacrado o ano todo’

Em entrevista à TV Globo, goleiro assume responsabilidade na decisão de pular para o mesmo lado nas decisões por pênaltis, origem humilde e até parte psicológica

(Foto: Thomás Santos/AGIF)
Escrito por

A vida do goleiro Alex Muralha não tem sido fácil nos últimos meses. Nesta semana, a derrota nos pênaltis na decisão da Copa do Brasil colocou o goleiro novamente como vilão, já que ele não pegou nenhum diante do Cruzeiro. Em entrevista ao repórter Eric Faria, da TV Globo, o goleiro disse que está sendo "massacrado o ano todo" e reagiu às críticas sofridas.

Questionado sobre uma entrevista da mãe ao canal por assinatura SporTV, Muralha se mostrou surpreso ao descobrir que ela vinha se medicando para conseguir dormir e explicou a origem humilde:

- Eu não sabia que ela tinha ido ao médico e começou a tomar remédios pra dormir. Minha família é muito simples, fomos criados na roça e chegar onde eu cheguei é muito grande. Estar nesse patamar é muito grande e ver a cena me tocou muito. É complicado ver uma pessoa que desde pequeno te deu tudo, sofrer porque o filho está sofrendo. Deus é justo e coisas boas virão.

Muralha também falou sobre a estratégia de pular para o mesmo lado na decisão por pênaltis, se responsabilizando pela decisão e admitiu que precisar evoluir neste quesito.

OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DO GOLEIRO:

PÊNALTIS CONTRA O CRUZEIRO
Saiu matéria botando culpa no pessoal do desempenho do Flamengo. A culpa é do atleta. Infelizmente não defendi pênalti, mas aqui todos ganham e perdem juntos. Tô sendo massacrado o ano todo, sempre em cima de mim a culpa. Acostumei com isso, fiquei mais cascudo. Preparo o psicológico. Vai passar. Muralha não se define em pênaltis e jogos. Em algum momento vai mudar e coisas melhores virão.

PAPO COM VICTOR HUGO
Conversei no dia anterior com ele, e vendo todos os lances, eu falei 'Quero fazer isso'. Ele perguntou se eu estava confinate. 'Eu tô', respondi. Então ele disse: 'Faz o que teu coração mandar. Se na hora achar que não tem que fazer, não faz. Mas se achar que tem de fazer, vai lá e faz'.

RESPONSABILIDADE
A decisão foi minha, simplesmente minha. Se eu fosse para todos os lados, ficasse parado, não pegasse nada, teria a mesma cobrança, tínhamos que ser campeão para tudo mudar. Não fomos. Estamos aprendendo muito esse ano, é um grupo mais forte, se unindo mais, sabemos onde vamos chegar - disse o goleiro.

ESTRATÉGIA MONTADA
Para todos os jogos têm estudos de pênalti, falta, para tudo temos estratégia. Para aquele jogo, vimos que a probabilidade de baterem do lado direito era grande. Mas a decisão do momento eu decidi. Eles me estudaram também no caso. Saiu matéria que eles perceberam que eu pulava para aquele lado e inverteram, mas ainda assim uma cobrança foi no meu lado, no alto, e fez o gol (cobrança de Diogo Barbosa).

MENTAL EM CAMPO
Na verdade, disputa de pênalti é uma briga mental. Eu fazendo aquilo (pular no mesmo canto), poderia induzir eles a baterem onde eu queria. Não deu certo. Recebi todos os estudos, a possibilidade era grande de baterem ali.