Flapress

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Dirigentes do Flamengo depõem sobre o incêndio no Ninho do Urubu

Diretor executivo de administração, Marcelo Helman, e o vice-presidente de administração, Jaime Correia da Silva, estiveram na manhã desta terça-feira na 42ª Delegacia Policial<br>

Ninho do Urubu foi atingido por incêndio no último dia 8 (Foto: Adriano Fontes/ AMPress)
Escrito por

As investigações sobre causas e responsabilidades do incêndio que atingiu o alojamento das divisões de base do Flamengo no CT do Ninho do Urubu, no último dia 8, seguem. Na manhã desta terça-feira, dois dirigentes do clube estiveram na 42ª Delegacia Policial, no Recreio, Zona Oeste do Rio, para darem depoimentos. Marcelo Helman, diretor executivo de administração, e Jaime Correia da Silva, VP de administração, chegaram ao local por volta das 9h30.

A informação foi inicialmente dada pelo "Jornal Hoje", da TV Globo, e, até o início desta tarde, não havia confirmação da saída dos dirigentes da delegacia.

Foi o segundo dia consecutivo em que dirigentes do Flamengo estiveram na 42ª DP para prestarem depoimentos. Na segunda-feira, o gerente das categorias de base, Eduardo Freeland, e o vice-presidente das categorias de base, Victor Zanelli, compareceram ao local, por volta das 9h50, e deixaram a delegacia, por volta das 13h30, sem dar declarações à imprensa. Como a investigação está aberta, a Policia Civil também não se manifesta sobre os depoimentos.

Ainda na segunda, o departamento jurídico do Fla apresentou à Defensoria Pública cálculo inicial da indenização a ser paga às vítimas e familiares do incêndio. O Ministério Público fez uma contraproposta e aguarda a resposta para os próximos dias. Só após o acerto entre o clube e o MP é que a proposta será apresentada e discutida com cada família. Os valores são sigilosos.

RELEMBRE O CASO

O incêndio no alojamento nas divisões de base aconteceu no dia 8 de fevereiro e vitimou 10 atletas do Flamengo, de 14 a 16 anos. Três jogadores precisaram ser internados - Cauan Emanuel e Francisco Dyogo já receberam alta médica -, sendo que Jhonata Ventura segue aos cuidados do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal Pedro II. O quadro do jovem é estável. Além deles, treze jovens escaparam do incêndio sem qualquer tipo de ferimento.

No dia 13, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou a suspensão de todas as atividades das categorias de base no CT George Helal, o Ninho do Urubu, proibindo a entrada, permanência ou participação de qualquer criança ou adolescente no local até julgamento do mérito. A decisão é do juiz Pedro Henrique Alves, da 1ª Vara da Infância da Juventude e do Idoso.

Em caso de descumprimento, está prevista multa única no valor de R$ 10 milhões em relação ao Clube de Regatas do Flamengo e multa única e concomitante no valor de R$ 1 milhão ao presidente Rodolfo Landim. A decisão do TJ-RJ foi liminar parcial em ação civil publica do MPRJ que corre desde 1 de abril de 2015. Cabe recurso ao Flamengo em segunda instância.

A decisão está sendo respeitada. Após o incêndio, as atividades da base foram e a expectativa para que os jogadores se reapresentem na quinta-feira, dia 21. Contudo, sem a estrutura do Ninho do Urubu, a operação com atletas de fora do Rio de Janeiro deve permanecer suspensa. O clube entende que não há condições de receber centenas de atletas da base em outro local que não o CT.

No dia 15, após a segunda reunião entre Flamengo e autoridades, a Prefeitura do Rio de Janeiro reforçou o o pedido de interdição do local, já feito em 2017. Apesar disso, o elenco profissional treinou no Ninho do Urubu no próprio dia 15, no dia 16 e voltou a trabalhar no CT nesta segunda, dia 18. O clube entende que a utilização diurna dos campos não "representa qualquer risco" e reforça que não está havendo utilização noturna de nenhuma estrutura do local.

O Flamengo se pronunciou em três momentos desde o trágico episódio. No dia do incêndio, o presidente Rodolfo Landim fez um emocionado - e curto - pronunciamento à imprensa na entrada do CT. O mandatário classificou o caso como "a maior tragédia nos 123 anos do Clube de Regatas do Flamengo".

No dia seguinte, na Sede da Gávea, quem falou foi o CEO Reinaldo Belotti, que coordenou o comitê de gestão de crise desde o início. O executivo reforçou a prioridade do clube no suporte amplo e irrestrito às vítimas e familiares e, com base em documentos, garantiu que o incêndio nada teve a ver com as condições da estrutura do alojamento das divisões da base no CT George Helal.

Nestes dois primeiros momentos, o clube não abriu espaço para perguntas. No dia 15, Rodrigo Dunshee, vice-presidente e vice-jurídico do Rubro-Negro, falou rapidamente após a reunião com os órgãos públicos e ressaltou que a atual gestão assumiu o poder apenas no começo de 2019. Após o pronunciamento, porém, Dunshee se irritou com as perguntas e retirou-se, dando fim à coletiva.