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Campeão mundial com Fla, Mozer pode fazer nova história no clube

Especulado como gerente de futebol, ex-zagueiro é da geração que levou Brasileirão, Libertadores e Mundial Interclubes. Mozer ainda jogou em Portugal, na França e na Seleção

Flamengo
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A reformulação no departamento de futebol do Flamengo deu margem para a possibilidade de volta de um nome que rende boas lembranças aos torcedores. Presente na geração que marcou época no Rubro-Negro, Mozer está cotado para ser o gerente de futebol do clube.

Revelado nas categorias de base, Mozer foi promovido em 1980 e, no ano seguinte a fazer parte do elenco que levou o primeiro título brasileiro, logo se firmou.  Ao lado de Marinho, ele ajudou a impor a força rubro-negra a consagrar a geração formada por Andrade, Adílio, Júnior, Zico e Nunes na Copa Libertadores de 1981.

Meses depois, Mozer deu a volta olímpica com o Campeonato Carioca de 1981. Em seguida, contribuiu para que o Flamengo garantisse já no primeiro tempo, com um sonoro 3 a 0, o título do Mundial Interclubes. 

Os títulos ainda seguiram nos outros anos. Mozer esteve nas conquistas do Flamengo no Brasileirão em 1982 e 1983, e ainda levaria o Campeonato Carioca em 1986.

Seu ciclo na Gávea se encerraria no outro ano, com uma ida para o futebol europeu. No Benfica, veio a conquista do Campeonato Português de 1988-1989. Já com o apelido de "Muralha", o zagueiro chegou ao Olympique de Marselha, onde venceu o título francês de 1989-1990.

Suas atuações renderam a convocação para a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1990. Sob o comando de Sebastião Lazaroni, o ex-rubro-negro formou o trio de zaga ao lado de Mauro Galvão e Ricardo Gomes nas vitórias por 2 a 1 sobre a Suécia e 1 a 0 sobre a Costa Rica. Porém, o treinador optou por Ricardo Rocha na sequência da competição, e viu do banco de reservas o triunfo por 1 a 0 sobre a Escócia, na primeira fase, e o revés por 1 a 0 para a Argentina, que eliminou o Brasil ainda nas oitavas de final.

A frustração no Mundial foi compensada em território francês: no Olympique de Marselha, o defensor engrenou um tricampeonato, vencendo também as temporadas de 1990-1991 e 1991-1992. As ótimas atuações renderam o retorno ao Benfica no ano seguinte, onde venceu a Taça de Portugal de 1992-1993 e levou o Campeonato Português novamente, na temporada de 1993-1994.

O ano de 1994, no entanto, traria uma frustração para Mozer. Em alta e cotado para ser titular da Seleção Brasileira, o defensor viu sua chance de estar novamente em uma Copa do Mundo parar em uma decisão médica: exames diagnosticaram alterações nas enzimas de seu fígado, que caracterizaram uma hepatite tóxica. Atribuindo a alteração a um remédio recomendado pelos médicos do Benfica, o zagueiro chegou a pedir para fazer um novo exame, mas decidiu deixar de lado a Seleção, segundo depoimento seu ao UOL, por perceber que "não era bem-vindo".

No ano seguinte, Mozer pendurou as chuteiras no Kashima Antlers (JAP), à época gerenciado por seu ex-companheiro de Flamengo, Zico, e encerrou sua carreira com a J-League de 1996. Anos mais tarde, radicado em Portugal, o ex-zagueiro foi auxiliar de José Mourinho no Benfica para, depois tentar uma carreira de treinador, no Raja Casablanca (MAR) e em clubes modestos de Portugal.