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Cruzeiro recebe nova punição da FIFA por não quitar débito com o Zorya

A Raposa não poderá registrar jogadores pelo débito com o time da Ucrânia que vendeu o atacante Willian Bigode, em 2016

A compra de Willian ainda rende problemas para o Cruzeiro, gerando nova punição na FIFA-(Foto: Ramon Bitencourt)
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O Cruzeiro foi comunicado nesta quarta-feira, 2 de setembro, que será punido novamente pela FIFA e não poderá registrar jogadores no seu elenco. A punição é pelo não pagamento de 1 milhão de euros(R$ 6,3 milhões) ao Zorya, da Ucrânia, pela compra do atacante Willian Bigode, que está no Palmeiras.

O novo revés na entidade máxima do futebol gera estranheza, pois no dia 28 de maio, o presidente do clube celeste, Sérgio Santos Rodrigues, anunciou um acordo com os ucranianos pelo débito.

Para reverter a situação, o Cruzeiro irá à FIFA para demonstrar que houve sim um acordo selado entre brasileiros e ucranianos.

Em nota oficial, o time celeste confirmou que houve sim a comunicação da FIFA e que também foi confirmada que teve contato oficial com o Zorya sobre o acordo nos canais oficiais dos dois clubes com ciência da FIFA.

Foi a segunda punição da Raposa na entidade em 2020. Além de não poder registrar jogadores, o clube mineiro já havia perdido seis pontos na Série B por não pagar 850 mil euros (aproximadamente R$ 5,3 milhões) ao Al Wahda, dos Emirados Árabes, referente ao empréstimo do volante Denílson, em 2016. O clube tem até outubro para quitar a dívida.

Desde que assumiu o Cruzeiro, em 1º de junho, a gestão de Sérgio Santos Rodrigues pagou cerca de R$ 30 milhões de dívidas em ações na FIFA. Foram quitados as seguintes pendências: 95% do valor devido ao Zorya-UCR pelo atacante Willian Bigode; 95% do débito total de Rafael Sóbis com o Tigres-MEX; o mecanismo de solidariedade da entidade ao Unión Florida-ARG pelo negócio do argentino Ramon Abila e a dívida da contratação de Pedro Rocha junto ao Spartak Moscou, da Rússia.

Ainda restam R$ 40 milhões e dívidas, como a com o Independiente del Valle-EQU pela contratação do zagueiro Luis Caicedo, que será paga de forma parcelada os R$ 10,6 milhões pendentes.

Confira a nota oficial da Raposa

O Cruzeiro Esporte Clube confirma que recebeu um contato da Fifa sinalizando que o FC Zorya contesta acordo firmado entre os clubes, anunciado oficialmente no mês passado, envolvendo a dívida de 1.159.786,31 euros, vencida em 20 de agosto de 2020.

Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto.

Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa.

No trâmite, além do selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya em todos os documentos, nos quais o mesmo atesta, num primeiro momento, a cessão do crédito para o Alik, e, num segundo momento, o termo de formalização do acordo, é importante destacar que a comunicação entre os todos os envolvidos sempre se deu por meio dos canais oficiais estabelecidos pelo sistema Fifa/TMS, que é extremamente rigoroso com o acesso, cadastramento e processos dos seus e-mails.

Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis em anexo à esta nota.

Por esta razão, na noite de ontem, 1º de setembro de 2020, o Cruzeiro enviou manifestação formal à Fifa, esclarecendo o ocorrido e exigindo a reconsideração da pena por ora imposta. O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas.

Veja os documentos enviados ao Zorya aqui e aqui.