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Presidente do Cruzeiro fala do atrito com o principal parceiro comercial e tenta aliviar a pressão no clube

Sérgio Santos Rodrigues explicou como anda a relação com Pedro Lourenço, principal parceiro da Raposa

Sérgio tenta amenizar a pressão em sua gestão e encaminhar ajustes no Cruzeiro-(Igor Sales/Cruzeiro)
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O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, segue sua luta para estabilizar o ambiente no clube e reduzir as críticas e pressão em sua administração. O dirigente tentou amenizar as notícias de um atrito com o principal parceiro, Pedro Lourenço, sobre a gestão do futebol.

Sérgio Santos Rodrigues afirmou que sugeriu que Pedro fosse o gestor do futebol celeste, com autonomia total, sem interferências e que fez um primeiro convite no início de seu mandato, em 2020. Todavia, Lourenço preferiu ajudar o clube de outra forma, como parceiro comercial.

-Quando fui ser candidato, fui lá e perguntei ao Pedrinho se ele apoiaria. A gente sabe que se o Pedrinho quisesse ser o presidente do Cruzeiro era só colocar o nome, nem precisaria de eleição. Eu pedi que ele me ajudasse e perguntei: ‘Pedrinho, você quer ser o vice-presidente de futebol do Cruzeiro? De porteira fechada, pode tomar a definição que você quiser, não tem problema para mim’. Ele falou que não, que ajudaria como pudesse, mas que isso aí não conseguiria assumir. Já fiz outras vezes esse convite-disse Sérgio em entrevista à Rádio Itatiaia.

O ponto de atrito entre a diretoria celeste e o empresário teria sido a manutenção de Felipe Conceição para ser técnico da Raposa após o mau início de temporada no Mineiro, Copa do Brasil e Série B. Pedro Lourenço sugeriu nomes mais consolidados no mercado, como Dorival Júnior, ou Vanderlei Luxemburgo. O elenco também fora motivo de discussões, com o dono dos Supermercados BH sugerindo nomes diferentes dos que vieram para o clube este ano.

-Veio a contratação do Felipe, que foi muito noticiada e atendeu a um pedido dele também, que recebeu o Felipe junto comigo, as contratações do Felipe a gente também sempre conversou. E de fato ocorreu essa questão na época do América(derrotas nas semifinais do Estadual), daí expliquei a ele: ‘Pedrinho, vamos esperar mais um pouco, porque acho que a gente está vendo uma evolução. Houve duas derrotas agora, mas claro que a gente vai mexer no time, etc. Eu sabia que ele era contrário, mas mesmo assim continuamos conversando. Era uma opinião dele, outros também tinham opiniões divergentes-explicou o presidente, que revelou o desejo do empresário de ter nomes mais fortes na diretoria de futebol e no comando técnico da Raposa.

-Logo em seguida, quando tivemos o primeiro caso do diretor, o Alexandre Mattos, o Pedrinho sabe, a primeira pessoa para quem liguei foi o Alexandre. A gente conversou, o próprio Alexandre já confirmou isso, falei com ele duas vezes. O Alexandre disse que demandaria mais tempo para fazer o que ele entende que precisaria ser feito no Cruzeiro. Não falou que foi dinheiro, proposta ou autonomia, pois expliquei a ele que todos que nós contratamos têm autonomia total. O Alexandre foi o primeiro a ser procurado-comentou Rodrigues, que com o não de Mattos, foi atrás de Rodrigo Pastana, nome que desagrada o torcedor do Cruzeiro.

-O segundo (a ser procurado) foi exatamente o Pastana. Não sei se todos sabem, o Pastana foi chamado pelo Medioli e pelo conselho gestor, foi entrevistado em Belo Horizonte e seria o diretor de futebol do Cruzeiro. Acabou que o Medioli se afastou logo depois e a questão não andou. Mas ele era o diretor a ser contratado pelo Medioli. E em janeiro, quando eu trouxe o Mazzuco, o próprio Pedrinho brincou daquele jeito: 'ó, Serginho, se eu fosse você, trazia o Pestana (sic), que o Pestana tem muitos acessos. Não mexe com Mazzuco agora não, mexe com o Pestana que é melhor, porque ele tem muitos acessos'”. Entendi que estava trazendo um diretor que ele gosta-disse Sérgio Rodrigues, que revelou uma conversa com Pedro Lourenço após a eliminação na Copa do Brasil, diante da Juazeirense.


-O Pedrinho é um cara apaixonado, como todos nós somos. Na quarta-feira após a eliminação, ele me ligou chateado, estava puto e disse: ‘não quero mais participar’. Eu falei: ‘eu vou resolver, se você quiser, te ligo depois e a gente bate um papo’. Ele respondeu: ‘não, estou muito chateado, não quero saber, etc.’. Eu disse: ‘tudo bem’. A partir daí, nós conversamos com a nossa diretoria de uma forma técnica e discutimos o que seria melhor em questão de preço e outras coisas. Por exemplo, Dorival é um cara que chegamos a procurar uma vez, e ele disse que não iria treinar, pois estava aguardando uma proposta de fora. Acho que são opiniões, nem sempre vamos conseguir ouvir uma só-contou o presidente, que destacou a presença do empresário no dia a dia do clube.

-Reitero aqui o meu carinho e o meu agradecimento a ele. Na quinta-feira, quando foi aprovado o projeto de lei (clube-empresa), fui o primeiro a mandar mensagem para ele. Sei que nesses momentos ele sofre muito com a situação do Cruzeiro, até por ser a pessoa que mais ajuda o Cruzeiro. Gosto muito dele, e independentemente do que aconteceu, serei grato por tudo que ele faz por nós. Uma hora ou outra podemos tomar uma decisão que ele não gostaria, mas continuo insistindo e digo publicamente aqui se amanhã o Pedrinho me falar: ‘abra a porta da Toca, estou entrando, vou ser vice-presidente de futebol e quero autonomia total, eu assino a procuração para ele totalmente, pode gerir 100% do futebol-concluiu.