Escrito por Lance!
Thiago Neves projetou toda a culpa pela derrota do Cruzeiro contra o Internacional - e a consequente eliminação da Copa do Brasil - nos ombros de Rogério Ceni. Ainda no gramado do Beira-Rio, o camisa 10 criticou a quantidade de mudanças no time titular e afirmou que a escalação foi passada aos jogadores apenas na preleção, três horas antes do jogo. Sim, Ceni arriscou ao colocar em campo um time bastante aberto e com algumas improvisações nunca testadas antes, como o volante Jadson na lateral direita. Mas a questão principal aqui é que um dos principais jogadores do elenco celeste não pode debater isso publicamente, ainda mais jogando na fogueira um treinador que completou apenas quatro jogos. Ainda que depois tenha disfarçado a crítica em suas redes sociais no dia seguinte, a atitude do jogador ainda carrega a injustiça de individualizar uma responsabilidade que não só é coletiva, como também não pode ser desassociada do trabalho de Mano Menezes, antecessor de Ceni, que já não conseguia mais fazer este time render, e do caos político instaurado pela própria diretoria do clube. Na cartilha do futebol brasileiro, Thiago Neves traiu a confiança de seu treinador, que seria tratado como gênio se os (altos) riscos assumidos se transformassem em vaga na final.
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