A possibilidade de transformação do Corinthians em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) ganhou mais um capítulo. Nesta segunda-feira (27), o clube divulgou o projeto de reforma do estatuto. O tema, sempre em destaque no futebol brasileiro, é o principal foco. Nesse contexto, o LANCE! ouviu os torcedores do Timão: você é a favor do modelo?

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A SAF é um modelo de gestão que permite a criação de uma empresa independente para administrar as atividades do futebol profissional de um clube. Instituída no Brasil pela Lei 14.193/2021, conhecida como Lei da SAF, a proposta busca profissionalizar a gestão dos clubes, atrair investimentos e solucionar problemas financeiros, como dívidas acumuladas.

Cerca de 90% dos torcedores aprovam o modelo, enquanto 10% reprovam. Ao todo, foram 2130 participantes em votação no canal do WhatsApp dos torcedores do Corinthians no LANCE!. Veja o andamento da enquete aqui.

SAF no Corinthians? O que diz o novo estatuto

O novo estatuto permitiria a transformação do departamento de futebol em uma SAF, mas com limites claros para preservar o controle do clube.

A ideia é que o Corinthians mantenha, no mínimo, 51% das ações, garantindo que o futebol continue sob gestão do clube social, sem perda da identidade, da história e da participação política dos associados.

— Existem vários modelos de SAF, acompanho isso desde que passou pelo congresso, eu me interesso por isso. Existe um modelo muito interessante que é a SAF da própria associação, o Corinthians pode ter a sua própria SAF. Tem uma legislação que vai entrar em vigor em 2027 que diz que as associações terão que pagar 80, 100 mi de imposto, não sei se vamos conseguir, então temos que estudar caminhos — disse o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior.

Romeu Tuma, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians (Foto: Guilherme Amaro)

Nesta terça-feira (28), um grupo de empresários vai lançar a SAFiel. Ela será apresentada pelo empresário Carlos Teixeira, pelo investidor Mauricio Chamati, pelo advogado tributarista Eduardo Salusse e pelo publicitário Lucas Brasil. A proposta consiste em criar uma SAF democrática, em que torcedores seriam acionistas do Corinthians.

Seriam dois proprietários: o Parque São Jorge e os torcedores acionistas, reunidos sob o CNPJ da Invasão S.A. O clube aportaria as propriedades do futebol e a dívida, enquanto a SAF garantiria o pagamento das pendências e traria novo investimento financeiro.

A gestão do Corinthians passaria a ser feita por quatro conselhos: Administrativo, Fiscal, Cultural e de Governança, definidos pelos votos dos torcedores acionistas. Esses órgãos então definiriam um CEO, conforme as regras do estatuto da SAF, responsável por gerir o clube.

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