Osmar Stábile completou dois meses na presidência do Corinthians. Se sua primeira coletiva foi marcada pela frase "terra arrasada", após pouco mais de 60 dias, o discurso ainda é sobre as dificuldades financeiras do clube alvinegro.
Com uma dívida total avaliada em R$ 2,5 bilhões, o Corinthians sofre para arcar com as pendências financeiras rotineiras do futebol, como a folha salarial e premiações dos jogadores. Osmar Stábile revelou que também havia valores do bônus do último Brasileirão a acertar e explicou como a diretoria pretende quitar os litígios.
— Nós fomos surpreendidos. Nós sabíamos da premiação atrasada do Paulista, mas não sabíamos do atraso no brasileiro. Valor de aproximadamente 3 milhões para pagar. Juntamos Paulista e Brasileiro, e fizemos em três parcelas. Pagamos a primeira parcela. Estamos em dia hoje. Também tinha o feminino que estava atrasado, e fizemos uma parcela com elas. Já estava atrasado. Agora vamos planejar o pagamento futuro — disse o presidente.
Desabafo
O Corinthians busca alternativas para melhorar o fluxo de caixa. O clube alvinegro adiantou verbas do acordo com LFU (Liga Forte União) para quitar dívidas. Osmar Stábile foi sincero ao falar sobre as dívidas e admitiu a necessidade de 'cortar na carne'.
— Estamos passando por dificuldades financeiras, mas vamos sair. O Corinthians vai se transformar. Vai ter que cortar na carne? Vai. Teremos mudanças bruscas? Teremos. E nós vamos ter que resolver os problemas do Corinthians. Não quero apoio para a gestão Osmar, quero apoio para o Corinthians. Para quem fica fazendo política, o Corinthians não aguenta mais. Não podemos errar mais. É momento de transformar, mudar — falou o presidente do Timão.
O Corinthians se desfez de Alex Santana, Igor Coronado e Giovane nesta janela de transferências, o que resultou em uma economia avaliada em R$ 2,5 milhões mensais. Além disso, refez contratos internos, que passam pelo estacionamento da Neo Química Arena até segurança.
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— Queremos cortar gastos desnecessários do clube. Precisamos reorganizar. Para vocês entenderem, o Corinthians é como se fosse uma caixa dá-água cheia de furos e nós estamos fechando esses furos. Alguns foram fechados, outros ainda não. Precisamos concentrar as despesas onde tem que ser. A base está sendo organizada, não tem mais um empresário que entra lá. Estamos estruturando os departamentos. Todos estão sendo organizados, mas é necessário tempo para a gente organizar tudo isso. Vamos começar a implementar a partir de agora — afirmou.